segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Adeus ano velho...


Mais um ano vai chegando ao fim, o primeiro ano com a Resenha do Peçanha no ar. Um ano que vai e num vai deixar saudade pra muita gente, futebolisticamente falando; Alemães, Cruzeirenses, Madridistas talvez lembrem-se com um largo sorriso no rosto do ano de 2014, porém essa não é a realidade de outra parcela da população. Então meio que relembrando o que foi destaque no ano, resolvi fazer essa postagem dividindo os fatos mais marcantes pelas competições que mais repercutiram por aqui.

Campeonato Carioca
O flamengo conquistou pela 33ª vez o título estadual, após uma final polêmica e que até hoje rende discussões e lágrimas em qualquer conversa sobre futebol, o flamengo conseguiu o título após um empate em 1x1 com gol de Marcio Araújo em posição irregular aos 45 minutos do segundo tempo. Infelizmente o gol saiu desta forma, fazendo parecer que o flamengo não mereceu conquistar o título (mesmo com o Vasco tendo feito gol irregular na primeira partida da final, que tem o mesmo peso que a segunda, mas enfim..). O grande destaque desse campeonato carioca foi o botafogo, sim, um destaque negativo, um clube de tradição que ultimamente vem brigado bastante pelo título estadual e que esse ano simplesmente abdicou dessa competição dedicando-se exclusivamente à Taça Libertadores, cujo final da história já conhecemos, como já foi visto aqui mesmo e com o rebaixamento ao fim do Brasileirão. Pra 2015 fica o aviso: Campeonato carioca é um título importante sim! Gritar "É campeão!" não faz mal a ninguém, vai por mim.

Copa do Brasil

Vencida pelo time mais copeiro do país na atualidade, o a equipe que consegue jogar 90 minutos a 250 km/h, com a correria de Luan, a visão de Dátolo, o talento de Diego Tardelli e, claro, os laterais de Marcos Rocha aliados à altura de Leonardo Silva, o Atlético Mineiro conquistou o título merecidamente, depois de reverter o placar contra Corinthians e Flamengo, de forma heroica e dando uma verdadeira aula de futebol, o galo não poderia ter um rival melhor para a fazer a final: Cruzeiro, seu arquirrival e atualmente (na minha modesta opinião) o melhor time do Brasil, o time de Levir Culpi não se abateu e buscou o título, vencendo o primeiro jogo por 2x0 e na segunda partida, tão esperada pelos fãs de futebol, deixou um pouco a desejar (para aqueles que queria ver uma partida emocionante), o atlético fez um gol aos 45 minutos com Diego Tardelli, o Cruzeiro já em clima de férias não conseguiu ameaçar, nem apresentava forças pra fazer os 4 gols que lhe interessavam e o que restou para os espectadores foi mais uma contagem regressiva que uma final de campeonato, o que pro Atlético não tem nada de errado, fizeram por merecer e conquistaram o título de forma "antecipada", garantindo mais emoções e "Eu acredito" na Libertadores-2015.

Liga dos Campeões
Chegava enfim La Décima para o clube da capital espanhola, o time de Ancelotti, sempre favorito para a principal competição interclubes do mundo veio muito bem durante a fase de grupos, mata-mata até chegar às semifinais em um confronto crucial para a definição da competição, contra o Bayern de Munique.
Dois jogos onde os merengues se mostraram superiores o tempo todo em relação ao time de seu algoz em outros tempos, Pep Guardiola e se classificou com duas vitórias, sendo a segunda um verdadeiro baile em plena Allianz Arena com direito a quebra de recorde de gols em uma edição da competição por Cristiano Ronaldo (marcando seu 15º gol) e com gol de falta por baixo da barreira à la Ronaldinho Gaúcho, sem contar com os 2 gols de Sergio Ramos de cabeça, este que seria protagonista também na final da competição. O rival era um velho conhecido, o Atlético de Madrid, o vizinho pobre, com um investimento significativamente menor em seu elenco, mas que se notabilizou por apresentar na Liga dos Campeões como o time de libertadores. Com muita garra, muito empenho, disputando cada bola como se fosse a última e que não vendeu barato a conquista para seus maiores rivais, fizeram 1x0 com Godin e o placar se manteve até os minutos finais, até aparecer Sergio Ramos em mais um cabeceio salvador empatou a partida, levando para a prorrogação, dali em diante o jogo foi de um time só, o Real parecia ter mais fôlego e mais vontade de vencer e a vitória veio, com mais 3 gols (Bale, Marcelo e Cristiano Ronaldo) decretando o fim da competição, servindo de lição pra Diego Simeone, técnico do Atlético que forçou uma escalação de Diego Costa com menos de 10 minutos do primeiro tempo e o que lhe custou caro quando o time perdeu o gás na reta final da partida. Foi um placar mentiroso em relação ao que foi o jogo? Sim. Mas não se deve menosprezar tudo o que o Real Madrid fez para conquistá-lo.

Copa do Mundo
Mesmo com tudo o que foi dito anteriormente, o ano de 2014 também pode ser visto como "A copa e o resto". A copa do Brasil já prometia há tempos, desde quando as seleções foram definidas já era comentado o alto nível da competição que estaria por vir e a promessa não deixou a desejar. A copa do mundo foi um verdadeiro espetáculo do início ao fim, acredito que os black blocks tenham se arrependido do que disseram, após os jogos que aconteceram por aqui (to brincando, amigos revolucionários).
Tivemos algumas gratas surpresas durante o mundial, se o povo brasileiro estava encantado com o show que a torcida dava terminando o hino nacional à capela, o que dizer das torcidas de Chile, México e Argentina (Sim, nossos queridos hermanos) que deram verdadeiras lições de amor à pátria (e ao futebol), lotando estádios, chamando a atenção da imprensa mundial e que, sinceramente, não acredito que a torcida brasileira seja capaz de fazer por mais próxima que a copa seja.
Dentro de campo, Costa Rica, Chile e Bélgica, juntamente com a Colômbia, órfã de Falcao Garcia, mas com o surgimento de James Rodriguez (que viria a ser o artilheiro da competição) foram seleções que mostraram que não existe mais time bobo nesse mundo, prometendo ainda mais pra 2018. 

Argentina, França e Holanda apresentaram um excelente futebol, que mesmo passando por uma transição, mesclando a experiência e juventude mostraram que ainda são potência no futebol e que vão trabalhar duro pra continuar sendo, mesmo com esse aumento no nível do futebol mundial.
As grandes decepções da copa pra mim ficaram por conta de Espanha, que não apresentou 1% do que jogou na África do Sul e foi eliminado de forma precoce e melancólica, frustrando sua torcida e mostrando que de que nada adiantou toda a briga pela convocação de Diego Costa pro ataque; Cristiano Ronaldo, que não repetiu por aqui suas jogadas de Real Madrid, por pouco não saiu da copa sem marcar e não adianta vir com o argumento de que não joga sozinho, pois em momentos de glória pela seleção portuguesa o mesmo tornou popular o seu "Eu to aqui" e na competição pra valer pareceu não estar e caiu junto de seus fracos companheiros logo na primeira fase da competição.

Não sei se nossa seleção pode estar incluída como decepção, o 7x1 só serviu pra mostrar a todos uma tragédia que já estava anunciada, seja pelo baixo nível do nosso campeonato, seja pelos nossos jogadores que quando vão pra europa passam um ano sofrendo pra se adaptar ao futebol jogado lá, ou até mesmo pelo atacante que na principal competição do mundo é visto como "cone" e no campeonato nacional consegue a artilharia. O maracanazzo não veio, mas acredito que tomar de 2x1 numa final de copa não seria nada em relação ao que vimos naquele 8 de julho. 
Sem falar na gloriosa Alemanha, que deixou de ser uma seleção que jogava veio, apenas buscando o resultado e passou a apresentar um futebol vistoso, que era apontada como favorita (pelo menos por mim) desde a eliminação pra Espanha em 2010, confirmou seu favoritismo, vencendo de forma justa a maior festa do esporte na Terra.

Tivemos alguns momentos históricos como Mondragon, goleiro da Colômbia, que se tornou o jogador mais velho a disputar uma partida de copa do mundo, os gols antológicos de Van Persie e James Rodriguez, a mordida de Luis Suárez em Chiellini, a tecnologia no tira-teima na linha do gol... foram muitos e muitos momentos que fizeram da copa do Brasil, a Copa das Copas! Aguardamos ansiosamente por 2018.

And the FIFA Ballon D'or goes to...
Manuel Neuer, um dos melhores goleiros que vi jogar, uma verdadeira muralha dentro do gol, esse ano agarrou tudo o que veio em direção a sua meta, ou melhor, quase tudo.. Talvez aquela semifinal contra o Real Madrid, tomando 4 gols e sendo eliminado dentro de casa pode ser determinante para tirar o prêmio do goleiro Alemão, campeão do mundo, o que é um peso a mais na decisão (uma vez que Cannavaro já ganhou por esse motivo, em 2006)
Sobram então 2 candidatos ao prêmio máximo individual do futebol, 2 que já estamos enjoados (ou não) de ver nessa disputa: Messi e Cristiano Ronaldo.
O português foi peça fundamental na conquista da Liga dos campeões, que na minha opinião, teve como principal jogador Di Maria (que se transferiu para um Manchester United em transição e desde o meio do ano pra cá não se tem notícias), mas o seu recorde pesa e muito a seu favor; apesar de não ter feito uma boa copa do mundo, Cristiano começou a atual temporada com o mesmo ritmo do final da temporada passada e passa por uma fase artilheira que nunca tinha apresentado, atingindo médias altíssimas e um aproveitamento monstruoso em relação as oportunidades.
Messi surpreendeu o mundo ao ser eleito como o melhor jogador da copa, na minha opinião, Messi não foi o melhor jogador da seleção argentina (ficando atrás de Mascherano e talvez de, novamente ele, Di Maria) e ainda teria ficado atrás de nomes como Muller, Kroos, Robben, mesmo tendo jogado bem e sido decisivo em quase todas as partidas de nossos amados vizinhos. Pelo Barcelona, o recorde de maior artilheiro da história do campeonato espanhol tem o seu peso, mas o mau momento vivido no final da última temporada, a troca de técnicos e o início da atual temporada com um time ainda buscando uma identidade pesa contra La Puga.
Na minha opinião, o prêmio de melhor jogador de 2014 fica com Cristiano, merecidamente, mas é característico do Messi surpreender e Cristiano sabe disso, então não seria uma grande novidade se o argentino levasse o prêmio e seja lá quem sair vencedor, essa eleição vai agitar e muito o ano de 2015, muita gente boa já está pronta pra entrar nessa briga, são os casos de Robben, Ibrahimovic, Suárez, Agüero (sem lesões) e outros que vem mais atrás podem crescer e serem sérios candidatos nos próximos anos, como James Rodriguez, Pogba, Hazard e nosso glorioso Neymar (joga muito, esse Neymar).

Até 2015, um Feliz Ano Novo para todos !

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

5 desejos pra 2015 !

Querido Papai Noel,
Visto que fui um bom torcedor durante todo o ano, me sinto no direito de pedir estes 5 presentes pra 2015:


1- INGRESSOS BARATOS (sim, em caixa alta)

2- Mais torcedores, menos expectadores

3- Mais craques, menos enganações

4- Mais jogadores polêmicos (ou sinceros, pelo menos), sem aquele clássico "Temos que respeitar a equipe adversária"

E, claro (como bom flamenguista...)
5- Mais gritos de "É Campeão!"

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O início do mata-mata lá no velho continente !


Na manhã desta segunda-feira (15/12) saiu o sorteio definindo os confrontos das oitavas de final da Liga dos campeões da europa.. Veremos quais serão eles e vou dar o meu palpite pra cada confronto, vamos ver quantos eu acerto..


PSG x Chelsea



Ambos fizeram ótimas campanhas na fase de grupos, conseguindo a classificação até de forma antecipada, porém o time da capital francesa perdeu o primeiro lugar do grupo no último jogo, um dos melhores da primeira fase contra o Barcelona, grande concorrente dentro do próprio grupo. Já o Chelsea liderou o grupo G com sobras, vem liderando o campeonato mais forte do mundo, apresentando um futebol muito legal de se ver e muito objetivo, sobretudo com os reforços de Fábregas e Diego Costa. 
Meu palpite: Chelsea! PSG é bom, mas não acredito que tenha time pra eliminar.

Manchester City x Barcelona



O Barcelona começou a temporada rendendo um pouco abaixo do esperado, sua principal contratação - Luis Suárez - ainda não repetiu as atuações dos tempos áureos de Liverpool , mas aos poucos vem se adaptando ao novo clube, os gols já começam a surgir e o clube catalão, além das estrelas que estamos acostumados, tem um novo Neymar à sua disposição, adaptado ao futebol europeu e com o puder de decisão dos tempos de futebol brasileiro. Enquanto isso o City, apesar da força já reconhecida no campeonato inglês, não apresenta a mesma eficiência na liga dos campeões e depois da contusão de Agüero (mais uma vez), o time perde grande parte do seu poder ofensivo e torce ansiosamente que o craque volte às atividades antes dessa decisão, mas não há dúvidas que serão dois grandes jogos, quem passar vai ter que suar e muito a camisa.
Meu palpite: Barcelona! (Minha torcida: Barcelona!)

Bayer Leverkusen x Atlético de Madrid



O atual vice campeão europeu passou bem pra segunda fase e após o começo turbulento no campeonato espanhol, num ritmo abaixo do esperado, começa a apresentar o bom futebol, ainda mais com a volta de seus principais jogadores e seu meio campo composto por grandes atletas como: Arda Turan, koke, Raul Garcia, além de aspectos como a defesa bem postada, a bola aérea como ponto forte e, claro, o "time de libertadores infiltrado na liga dos campeões". Gente, sinceramente não tenho nada a dizer sobre o Bayer Leverkusen, vamos aguardar as cenas dos próximos episódios. 
Meu palpite: Atlético de Madrid!

Juventus x Borussia Dortmund



Não é o confronto mais forte, mas pra mim, o mais disputado, dessas oitavas, duas defesas sólidas, dois grandes goleiros, porém a velha senhora tem ótimos jogadores do meio pra frente, o que no borussia se limita ao craque solitário marco reus (Se é que ele estará a disposição, livre de contusões). Mas mesmo com essa vantagem no material humano, vejo esse jogo cono o mais equilibrado, posso estar enganado 
turbulências
Meu palpite: Juventus!

Schalke 04 x Real Madrid



O Real Madrid pegou um adversário teoricamente fácil, já conhecido e que eliminou facilmente na temporada passada. E acredito que irá se repetir esse ano, o jogo coletivo madrilenho está muito forte, com suas jogadas em alta velocidade pelas pontas, além da segurança que o meio campo oferece para todo o sistema defensivo como um todo, além de Cristiano Ronaldo, numa das melhores fases da sua vida (que já dura alguns anos, por sinal). Toni kroos, James Rodríguez e o trio BBC devem fazer a diferença novamente.
Meu palpite: Real Madrid!

Shaktar x Bayern de Munique



O shaktar vem pras oitavas embalado pela brasileirada que já é tradicional no futebol ucraniano e Luiz Adriano buscando ampliar a sua artilharia, depois de fazer história na fase de grupos, marcando 5 gols numa partida só. Mas do outro lado vem o Bayern de Munique, com toda a sua posse de bola, seus craques e filosofia de Pep Guardiola, que não conseguiu o título na temporada passada e provavelmente não pretende dar tamanho mole como deu outrora e vem como um dos francos favoritos à conquista da champions nessa temporada.
Meu palpite: Bayern !

Arsenal x Mônaco



Nos embalos de Alexis Sánchez, o arsenal quer mostrar uma equipe com uma força que não se via desde os tempos de Thierry Henry, mas pra isso precisase superar, além de superar o milionário (ou não) Mônaco, que já não conta mais com Falcao  e James Rodríguez. Mas mesmo achando que o arsenal é um time mais forte, não acredito que tenha força pra chegar lá na frente, na hora do "vamo ver" acredito que vá faltar fôlego, mas o futebol é uma caixinha de surpresa.
Meu palpite: Arsenal!

Basel x Porto



Também conhecido como o "confronto do primeiro eliminado nas quartas" o Porto mesmo com um time forte, não tem força para fazer frente aos favoritos e o Basel, se aproveitou da péssima fase vivida pelo Liverpool e conquistou a classificação, no grupo onde Real Madrid sobrou. A velocidade de Brahimi, o poder de definição de Jackson Martinez e até um lampejo genial de Quaresma, podem chamar a atenção nos jogos contra o time suíço, mas infelizmente não chegará longe na competição (minha opinião)
Meu palpite: Porto!

Meus palpites estão feitos, vamos ver meu aproveitamento. Que venha a segunda fase do melhor torneio interclubes do mundo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Balanço final do Brasileirão

Chega ao fim mais um campeonato brasileiro, com o Cruzeiro sobrando novamente como em 2013.
Mas o campeonato deixou outras impressões e conclusões por serem refletidas pra 2015.
O Cruzeiro não foi campeão só porque continuou contando com Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, o Cruzeiro tem aquilo que um campeonato da extensão do Brasileirão requer: Elenco. Copa do Brasil, Libertadores, dá pra se ganhar com 14 jogadores, dá pra amarrar um jogo fora e atacar como nunca dentro de casa. Mas num campeonato extenso e nivelado (sim, por baixo) como o nosso, é preciso ter material humano, é preciso ter peças de reposição e isso o cruzeiro mostrou que tem, em 2013, mas parece que ninguém entendeu o recado, ninguém assimilou essa importância e mantendo a fórmula "mágica" do ano anterior, o cruzeiro sem maiores problemas faturou o título mais importante do país pelo segundo ano consecutivo.

Se algum clube chegou perto de tirar o título da raposa, esse clube foi o São Paulo, que apostou muito mais na qualidade individual dos seus jogadores, que no time como um todo, e se não alcançou o cruzeiro, talvez tenha sido por não ter conseguido manter a regularidade ao longo do campeonato, onde em momentos de maior proximidade no número de pontos, não conseguiu continuar vencendo para assim passar o líder, coincidentemente a falta de regularidade talvez seja a característica marcante de dois de seus principais jogadores: Pato e Ganso, dois caras de reconhecido talento, que não conseguem desempenhar um futebol em alto nível por uma temporada, alternando sempre em altos e BAIXOS momentos e se não tem quem colocar no lugar para substituir a altura, fica difícil chegar.
Internacional e Corinthians montaram equipes fortes, como de costume, mas talvez tenham cometido o mesmo erro do São Paulo, não conseguiram manter um alto nível, durante todo o campeonato, enquanto o cruzeiro pontuava. O Inter no começo dava indícios de que brigaria pra ser campeão até o fim do campeonato, mas não teve fôlego pra manter a briga, já o Corinthians, mesmo com o seu bom elenco sofreu mais uma vez de um problema que parece crônico que é o hábito de tornar partidas teoricamente fáceis em verdadeiros fracassos, quem estava a sua frente só tinha a agradecer.
O Fluminense, com praticamente o mesmo time que terminou o campeonato de 2013 na zona de rebaixamento, passou a maior parte do campeonato de 2014 brigando por uma vaga na libertadores no ano que vem, mas assim como todos os citados anteriormente, não conseguiu se manter na briga por muito tempo, entregando alguns jogos que não poderiam ser entregues; mas de positivo fica a artilharia de Fred no brasileirão, tão contestado na copa do mundo, ficando evidenciado como um dos "vilões" da seleção brasileira, só tendo feito um gol na copa (que convenhamos foi ao melhor estilo "Se num faz também...") mas se contra Hummels e Neuer a atuação foi deprimente, aqui no nosso campeonato, com o nível que temos aqui, pode-se muito bem perguntar: Quem é o cone agora?

Tirando alguns clubes como Grêmio, Atléticos (MG e PR), Santos, vamos direto para o que mais chamou a atenção na parte debaixo da tabela.
A chapecoense veio como o Criciúma veio em 2013, como o time que subiu e certamente ia cair ao final campeonato, mas surpreendeu, com um elenco muito fraco, mas com um time muito organizado, conseguiu administrar bem a situação, sem grandes feitos dentro do campeonato, talvez tenha atingido o seu objetivo inicial, que era o de ficar na primeira divisão.
O Coritiba viveu momentos de tensão até o fim da competição, mas conseguiu a sua permanência série A, como uma forma de prêmio para Alex, um jogador brilhante, como pouco vimos no futebol brasileiro, que foi ídolo por onde passou (menos no flamengo) e que pra mim é o craque brasileiro mais injustiçado que eu já vi (junto com Rivaldo), pelo pouco reconhecimento que recebe diante de tudo o que fez dentro e fora de campo. Seria uma pena um jogador brilhante, com uma carreira brilhante que teve, se despedir do futebol sendo rebaixado no clube que o revelou para o mundo. Alex vai fazer muita falta, sua espécie está entrando em extinção.

O Palmeiras deu um show de falta de planejamento em 2014, contratou o Gareca que encheu o elenco com fracos jogadores argentinos, não teve uma boa sequência de vitórias, foi embora deixando o seu legado (e que legado, diga-se de passagem) e por pouco no ano de seu centenário, no ano de inauguração de sua arena - um dos estádios mais bonitos do Brasil (se não o mais bonito, na minha opinião) - o palmeiras não vê seus planos indo por água abaixo com o rebaixamento. Bateu na trave o verdão, mas a solução pro ano que vem é fácil pra eles: é só fazer exatamente o contrário do que fez esse ano.

Vitória e Bahia caíram de mãos dadas, dois clubes que não passam por reformulações, revelam alguns bons valores, sobem pra primeira divisão na base da garra e determinação mas não conseguem se sustentar por muito tempo, aos poucos vão deixando de ser considerados clubes grandes, triste para o futebol baiano, já que seus dois representantes ainda parecem estar no século XX.
E claro, não podia faltar os outros dois cariocas que não foram citados ainda. Flamengo e Botafogo, apesar de tão diferentes viveram momentos muito parecidos em épocas distintas do campeonato, o Flamengo começou o brasileiro de forma medíocre, Ney Franco veio na época da copa e mesmo com um mês só treinando, não conseguiu montar uma equipe de verdade, enquanto isso o flamengo se afundava na lanterna do campeonato, enquanto o rival alvinegro vinha acumulando boas atuações, apesar da eliminação da libertadores; o flamengo se desfez de Ney, contratou luxemburgo, que em pouco tempo começou a ajeitar a equipe, dar uma cara para o time do flamengo e, justamente, num flamengo x botafogo, a história de ambos começou a mudar no campeonato, com uma vitória simples com gol de Alecsandro, o Flamengo começou o seu caminho rumo à permanência na série A, já o Glorioso começou a cair, cair, cair... até cair (nem mesmo uma vitória sobre o arquirrival no returno foi suficiente pra tirar). No ano que vem, ambos precisam melhorar e muito seus elencos e no caso do botafogo, outras questões políticas, econômicas devem ser revistas (por especialistas, não por torcedores apaixonados).

Pode-se tirar muita lição boa de 2014 do futebol brasileiro, ainda são revelados bons jogadores por aqui (Ex: Gabigol e Lucas Limas do Santos, Lucas Silva do Cruzeiro, em breve do Real Madrid); é preciso de uma reformulação na forma de pensar futebol, uma vez que não somos mais a maior potência mundial e o Brasil vai com o que tem de melhor pra disputar a libertadores do ano que vem, que tem tudo pra ser disputada, mas estamos bem representados.
No mais é isso mesmo, fica a saudade do Brasileirão, mesmo com todas as adversidades que vivemos.
2015 tem mais e com Avaí, Joiville, Ponte Preta e Vasco da Gama.

domingo, 23 de novembro de 2014

O campeão voltou!!!!! Pra ficar?


O Vasco neste último sábado conseguiu o tão sonhado retorno à série A do campeonato brasileiro. Não deixa de ter feito sua obrigação, seu dever de casa, um clube deste tamanho não pode viver momentos como esses, que acumularam dois rebaixamentos em um espaço de tempo tão curto. Por falar em obrigação, acredito que a obrigação inicial, pelo menos por parte da torcida, fosse o título, uma vez que o Vasco era o principal time da competição, além do fato de recentemente, todos os Grandes que caíram, voltaram à principal competição do país de forma tranquila, antecipada, às vezes até com sobras e, principalmente, sagrando-se campeãs!
Antes desse período de crise, o Vasco era dirigido por Eurico Miranda, o folclórico presidente, que popularizou o "Clássico dos milhões" tirou um pouco a imagem do Fla x Flu como maior clássico do Rio de Janeiro, conquistou inúmeros títulos à frente do cruzmaltino e se envolveu em inúmeras polêmicas em virtude de sua índole tão contestada pela grande maioria (que não cabe a minha pessoa julgar, até porque nao sou jornalista, não sou fofoqueiro, não sou investigador e me considero muito novo pra morrer por aí de bobeira rs que risada sem graca.), que no final de seu mandato ficou marcado por alguns episódios como a venda precoce de Phillipe Coutinho (Pra Internazionale, hoje jogando no Liverpool e na seleção principal) , uma das maiores promessas das categorias de base vascaína que poderia render muito, tanto dentro de campo quanto aos cofres numa venda realizada mais a frente; como também o aumento galático da multa rescisória de Alex Teixeira, outra promessa, o que o levou ao apelido de "O homem de 100 milhões de reais"; além de tantas outras histórias curiosas que o homem do charuto viveu como presidente.
Com o desgaste por causa de tantas polêmicas, Roberto Dinamite, eterno ídolo vascaíno (até então) resolveu se candidatar à presidência, no intuito de colocar ordem na casa, organizar a bagunça que se encontrava, mas como diria o ditado: de boas intenções o inferno está cheio!

E se Roberto tinha boas intenções, em pouquíssimo tempo conheceu o inferno, o mandato do Eurico se foi, ficou um rombo gigante nos cofres do Vasco e toda a proposta de arrumação foi por água abaixo com o rebaixamento de 2008, seu primeiro ano como mandatário do gigante da colina, retornando à elite logo no ano seguinte. Em 2011, talvez Roberto Dinamite tenha vivido seu principal momento à frente do clube, com o título da copa do Brasil e no brasileirão uma briga pelo título que durou até o fim da competição quando conquistou o Vice campeonato. No ano seguinte, ainda com um grande time que contava com Dedé, que no ano anterior havia recebido o status de Mito, Juninho Pernambucano, Diego Souza (que teve o gol da classificação aos seus pés e desperdiçou), o Vasco chegou na libertadores e após fazer uma boa campanha acabou sendo eliminado pelo Corinthians que conquistaria posteriormente seu título da principal competição do continente e após essa eliminação, o Vasco caiu de produção, vendeu seus principais jogadores sem repor as peças, as belíssimas apresentações foram se tornando cada vez mais raras até que em 2013 o time mais uma vez foi rebaixado após uma campanha medíocre durante todo o brasileiro.

2014 veio, o Vasco se reforçou do jeito que foi possível, montando um time que na minha opinião era mais forte que o do ano anterior, chegou à vice colocação no campeonato carioca, perdendo para o arquirrival Flamengo aos 46 minutos do segundo tempo, quando a sua torcida já soltava seus gritos de Olé, com o 1x0 no placar, que parecia o placar definitivo.
Na campanha da série B, o futebol apresentado em 2009 não se repetiu e o caminho até a confirmação do acesso foi complicado, acumulando partidas ruins, vaias e insatisfação por parte da torcida por inúmeras ocasiões. Com o lançamento da candidatura de Eurico Miranda, a torcida vascaína o abraçou de uma forma que passa a impressão de que se a coisa era ruim com ele, sem ele só piorou e talvez por isso, a partir de 2015 entre estará de volta, com o Vasco na primeira divisão nacional.
De lição para Roberto Dinamite fica que seu lugar no Vasco deveria ser de eterno ídolo, não de presidente odiado pela maioria. De lição para a torcida fica que não é qualquer um com o coração bem intencionado (até que se prove o contrário) pode chegar e administrar um clube da magnitude do Vasco da Gama.
E por último, fica um recado a todos vascaínos, sejam bem vindos de volta ao Brasileirão, venham com com pensamento de time grande, ser campeão independente do adversário que encontrarem e não abracem o discurso minúsculo do novo presidente de vocês de chegar pra ganhar do Flamengo. O Vasco é muito mais que 'o time que vem pra correr atrás do flamengo', esse pensamento só mostra um reconhecimento de inferioridade em relação ao rival. Não façam isso, pega mal para vocês mesmos "ta feio, ta escroto" DIAS, L. 2013.


Sejam bem vindos de volta!

sábado, 15 de novembro de 2014

Vestiu rubro negro não tem pra ninguém !

119 anos..
Aposto que os seis jovens remadores, em 1895, não acreditavam que o seu grupo de regatas chegaria onde chegou, com o status de mais querido do Brasil. Mesmo sendo originado a partir de atletas do Fluminense, com o tempo o Flamengo foi crescendo, ganhando títulos, se tornando cada vez mais importante até chegar ao posto de maior potência do futebol carioca. Por mais que os torcedores dos outros times digam que não, é inegável a superioridade rubro-negra em relação aos seus rivais mais próximo e essa superioridade não foi recebida, sorteada, mas sim conquistada, com muita luta, o que fez do flamengo ser o que é nos dias de hoje, com todas as suas conquistas, com toda a sua torcida fazendo o clube da gávea merecer o respeito que tem por parte de todos.
Mesmo não tendo visto a geração mais vitoriosa da história do Flamengo, com o seu dream team, é impossível não fazer a questão de exaltar tudo o que foi conquistado nesta época, principalmente a libertadores e o mundial, em 1981, time que foi aproveitado, e muito, para ajudar a seleção que disputaria a copa do mundo no ano seguinte, que até hoje é lembrada pelo seu futebol e por alguns considerada a maior de todos os tempos, mesmo que não tenha conquistado o tetra á época, tendo como seu principal jogador, ninguém mais, ninguém menos que: ZICO.

No flamengo, quando alguém chega ao patamar que Zico chegou, deixa de ser apenas um ídolo comum, que agrada apenas aos torcedores do seu time e com o passar do tempo cai no esquecimento, ele entra num estágio, que é admirado não só pelos torcedores do seu time, não só pelos torcedores que o viram jogar, mas também por pessoas que nasceram depois do Galinho ter pendurado as chuteiras e me arrisco a dizer que essa admiração persistirá até para o que ainda não nasceram. Mas também, talvez o mais impressionante seja o fato de que Zico é admirado também pelos torcedores rivais, , que abrem mão um pouco da rivalidade (o que é quase impossível) para elogiar o eterno camisa 10 da gávea. É impossível falar do Flamengo sem falar do Zico, mesmo sem ter o prazer de vê-lo jogar, o que é uma pena.
Mas mesmo sem ter visto o maior jogador da história de seu time, não sobram aos flamenguistas motivos para se orgulhar do time que torcem, como por exemplo:
-A conquista do Tricampeonato carioca em cima do Vasco, com o histórico gol do Pet,

-O "hexa na raça" sob os comandos do sérvio mais amado do Brasil (novamente) e Adriano Imperador.

-Além das conquistas da copa do Brasil, em 2006 (esta sobre o Vasco, de novo) e 2013.
Deixando de citar alguns célebres momentos recentes, como o Flamengo de 2004 que levantava a poeira no maracanã ou o bonde do mengão sem freio que faturou o campeonato carioca sem perder uma única partida e a grande arrancada do campeonato brasileiro de 2007, tirando o time da zona de rebaixamento e terminando o campeonato em terceiro lugar, tudo isso com muita "Raça, Amor e Paixão", sem falar no episódio do chororô em respeito aos amigos leitores botafoguenses.
Mas nem só de momentos felizes viveu a torcida flamenguista, foram diversas brigas que pareciam infindáveis contra o rebaixamento, muitas decepções que beirassem o ridículo, como:
-Os maracanazos vividos contra América do México e Santo André

-Bruno que foi de melhor goleiro do Brasil à presidiário no caso Eliza Samúdio.
Entre outras histórias que não valem a pena serem citadas. Mas como diz o bordão que já se popularizou  até em outros clubes: Se não é sofrido, não é flamengo.
Somam-se a esses aspectos algumas questões peculiares como toda a inveja dos torcedores rivais, evidenciada na alegria que toma conta da torcida batizada como "Arco-íris" a cada derrota do flamengo ou quando numa croda de conversa você vê que torcedores de times rivais estão concordando em opiniões e até mesmo somando argumentos, pelo simples fato de um flamenguista ter começado a citar todas as conquistas do seu clube. Vão falar que foi a arbitragem (claro, quando o erro é a favor do flamengo, quando é contra ninguém vê), vão falar que foi emissora de televisão, enfim... vão falar de TUDO, mas o orgulho de ser rubro-negro não vai acabar nunca.. Virão momentos difíceis, virão títulos, virão ídolos e fracassos, mas o Flamengo fica.
"Os anos passam, se passam os jogadores mas fica tu flamengo e eu não paro de te amar"

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A copa também deixou legado pra eles!

Depois do fracasso vivido durante a copa do mundo, com  uma derrota humilhante diante da Alemanha e a "conquista" da quarta colocação no mundial, após mais uma derrota (desta vez, pra Holanda), a Confederação Brasileira de Futebol percebeu que não estava tudo tão certo  como imaginávamos com a nossa seleção e que havia uma extrema necessidade de mudança (como já foi citado aqui anteriormente) e essa mudança seria apenas no material humano que estaria à disposição do treinador, como também nas seleções de base e nos clubes formadores de talentos .
O Brasil, único pentacampeão mundial, país de onde nasceu Pelé, o maior nome da história do futebol, nunca precisou investir tanto para que novos nomes surgissem, já que o talento com a bola era tido como algo natural e que toda habilidade, ginga, malandragem eram suficientes para vencer qualquer adversário. Algumas seleções de grande tradição no futebol como Itália, Inglaterra e a própria Alemanha (até então), nunca apresentaram um futebol sequer parecido com o nosso, no que diz respeito ao espetáculo,  jogando aquele jogo robotizado, com jogadas muito mais mecânicas, sem o improviso ao qual estávamos acostumados e por mais que essas seleções não enchessem os nossos olhos, nunca deixaram de ser competentes. Se hoje a seleção brasileira necessita urgentemente de uma  reformulação, grande parte dessa necessidade parte de uma soberba criada ao longo do tempo, a teoria do "Com o brasileiro não há quem possa", uma teoria em que nós a todo tempo ensinamos ao mundo como se jogava , sem que o mundo pudesse nos acrescentar em nada.Se o  mundo todo tem a ensinar futebol ao Brasil ninguém sabe dizer, mas que Alemanha e Holanda  deram lições grandiosas, disso não há dúvidas.
Agora resta ao Brasil correr atrás do tempo perdido, preparar  o futuro da seleção , pra que não sejam vividos mais massacres como viveu dentro da própria casa, em que até o adversário fica com pena.
E esse caminho parece estar começando a ser desenhado para gerações futuras, vem uma safra de jogadores muito boa por aí, se pegarmos os últimos anos do futebol brasileiro, poucos são os exemplos de jogadores que saíram do Brasil diretamente para clubes de ponta europeus (Neymar, Lucas e Oscar, únicos que lembrei rapidamente).  Além das promessas  que estão esquecidas lá fora, como Lucas Piazon, Adryan, temos outros exemplos ganhando destaque como Anderson Talisca que continua no Benfica -POR jogando bem como estava jogando pelo Bahia no começo do brasileirão, Marquinhos, por vezes titular no PSG, que conta com uma das melhores duplas de zaguieiros do mundo, a zaga titular da seleção braileira na última copa e Rafinha que foi eleito pelo Celta de Vigo, a revelação do campeonato espanhol da temporada passada e na sua volta de empréstimo pro Barcelona  vem sendo usado com certa frequência pelo técnico Luis Henrique num elenco que conta com estrelas do futebol e jogadores mais jovens tem que lutar muito para conquistar um espaço. No Brasil, alguns jovens talentos vêm figurando como titulares em suas equipes e despertando interesses de grandes clubes lá de fora, como está acontecendo com  Douglas Coutinho do Atlético-PR, Lucas Silva do Cruzeiro e recentemente aconteceu com Dória ex-Botafogo, já negociado com o futebol francês.
Talvez se o Brasil não tivesse tomado o baile que tomou em dois jogos consecutivos na copa, nenhuma lição teria sido tirada e a seleção continuaria na mesma situação, na esperança que Neymar  ganhasse os títulos para a alegria do povo, mas não estamos mais nos tempos que um jogador só ganha um campeonato inteiro. É preciso mais que um time titular forte para vencer a próxima copa, é preciso um time capaz de se modificar de acordo com cada situação de jogo, é preciso peças de reposição para substituir os titulares com a devida competência ou que até crie no treinador a dúvida em relação a quem vai colocar pra jogar. Até lá existe um longo caminho a ser trilhado, com calma com os talentos que irão surgir, competência para administrar e, principalmente, vontade de vencer e dar orgulho a um povo que respira futebol e vê o esporte quase que como uma religião.

#PrafrenteBrasil 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

180 minutos não é pra qualquer um...

...E o galo está ciente disso.
Desde o ano passado na caminhada rumo ao título da libertadores, numa campanha que se notabilizou pela capacidade de reagir às adversidades e pela força nos jogos dentro de casa. O elenco não conta mais com a genialidade de armação do Ronaldinho, nem com a alegria nas pernas de Bernard, mas conta com um Tardelli com um pouco das características dos dois e com um time com uma vontade de vencer tão grande quanto a do ano passado. Essa sede de vitória pesou muito pro lado atleticano, mas o principal motivador em ambas campanhas, sem dúvida nenhuma, foi a torcida que com o seu já conhecido grito de "EU ACREDITO" viu o time passar, curiosamente pelos dois times que tem como principais patrimônios suas torcidas (Corinthians nas quartas e flamengo na semifinal). Seja no independência, seja no Mineirão, com certeza a torcida do atlético adquiriu seu merecido e devido respeito, apoiando, incentivando o time em todos os momentos, independente da situação que o time estiver inserido.

Se dividirmos o jogo em 4 tempos, diria que em 3 deles o atlético foi melhor. Com exceção do segundo tempo no maracanã, onde o flamengo impôs seu estilo, dominou o meio de campo e fez os seus 2x0 no jogo de ida, o que era visto como obrigação, já que uma vitória simples já não seria suficiente pra segurar na partida de volta (Minha opinião). Mas de resto, o atlético foi melhor na maior parte da semifinal, dominando o meio de campo com passes precisos, jogadas de infiltração pelo meio da zaga, às costas de volantes e laterais e por vezes parando em Paulo Victor que vem numa fase sensacional no gol do flamengo.
Em uma semana muita coisa mudou no flamengo. O rubro negro no jogo decisivo não pode contar com Gabriel, protagonista do primeiro jogo, que caiu nas graças da torcida depois de um péssimo ano de 2013 que se lesionou no jogo do fim de semana contra a chapecoense, o mesmo aconteceu com Leonardo Moura e esta última perda foi de grande importância (negativamente falando) pro flamengo, porque além da perda do capitão, o flamengo passou a ter no titular Leo, a melhor opção para a lateral direita, bom jogador, mas com um histórico grande de lesões e um psicológico muito fraco (só lembrar que quando recebeu uma chance de titular na libertadores fez uma partida digna de pena sendo vaiado por parte da torcida ainda no primeiro tempo) que ficou claro em diversos chutões sem a menor necessidade, discussões bobas com adversários, companheiros, arbitragem e sem  muito acrescentar tanto ofensiva quanto defensivamente. Mas no meu ponto de vista, o principal erro do flamengo foi um misto de apatia, falta de confiança e um respeito excessivo, quase medo do atlético. O time jogou por uma bola, que Everton converteu e apenas isso, se limitaram a recuar, dar chutes pra frente e não conseguiram em momento algum segurar a bola no campo de ataque, caiu sobre as costas de Luxemburgo as inexplicáveis substituições, onde colocou o fraco Elton que nada fez pelo flamengo e Mattheus (que ainda carrega o status de promessa e continua sendo "o filho do Bebeto") e sem contar com a retirada de Everton que seria a única válvula de escape do time. O flamengo superestimou tanto o atlético mineiro que quase conseguiu um gol salvador nos acréscimos do segundo tempo. Será que se tivesse pelo menos tentado algo do tipo o resultado não seria ouro?
E o atlético que nada tinha a ver com isso, mesmo saindo atrás, conseguiu empatar no primeiro tempo - o que foi de importância gigantesca - e com muita luta, vontade e, principalmente, jogando bola, chegou a classificação.
O desfecho pra maior torcida do Brasil não foi o melhor possível, mas o desfecho da copa do Brasil será talvez o confronto do ano no cenário nacional.
De um lado o Copeiro Atlético Mineiro, com sua vontade e com sua bolsa área mortal e do outro, ninguém menos que seu arquirrival, Cruzeiro, o time a ser batido no futebol brasileiro que eliminou o Santos em plena Vila Belmiro (que infelizmente não pude ver) e que vai em busca de mais uma tríplice coroa.
Mesmo considerando o cruzeiro favorito, não existe previsão pra quem leva a copa do Brasil de 2014, pra mim, a melhor dos últimos anos.
Vem muita coisa boa por aí, vamos ver o que essa final nos reserva.

O futebol agradece!

Espalha pra geral!

sábado, 25 de outubro de 2014

Foi só o primeiro 'El Clasico' da temporada !

Mesmo torcendo pro Barcelona, não dá pra deixar de admirar e ficar encantado após um Real x Barça como esse. Que jogo!!! Por jogos como estes (e todos os outros), esse clássico é considerado o maior jogo de futebol do mundo.
Ingredientes não faltam, além da rivalidade histórica, é um jogo que sai das 4 linhas, passa pela política, dá um pulo nas declarações polêmicas, flerta com as reclamações de arbitragem e como se não bastasse isso, põe a frente os dois melhores jogadores da geração, dois craques que desde 2008 tomaram conta do prêmio de melhor jogador do mundo, sem dar espaço pra outros jogadores que venham a surgir e claro que gera uma discussão interminável: Quem é o melhor entre Messi e Cristiano Ronaldo? Uma pergunta que poderia ser respondida com um "tanto faz, o que importa é que os dois jogam muito" mas, infelizmente não é o que acontece e azar de quem é fã de um não se dá o trabalho e perde os espetáculos protagonizados pelo outro (que é o meu caso, sem dúvida nenhuma). Infelizmente também, foi o fato de nenhum dos dois não terem feito hoje partidas brilhantes pelos seus times.. Messi errando muito, sem intensidade na chegada  ao ataque  e por muitas vezes se acomodando diante da marcação madrilenha e Cristiano com poucas finalizações, muitas tentativas de cavadas de falta e pênalti, além de muitos erros em jogadas cruciais, tendo salvo sua atuação por marcar o gol de empate, de pênalti. Mas isso só aumenta o espetáculo, quando as principais estrelas não brilham, outros candidatos a protagonistas surgem na partida.

No caso do Real, talvez o grande destaque tenha sido o jogo coletivo, tão pouco visto em outras épocas, o time da capital espanhola encontrou uma forma de jogar coletivamente sem depender apenas dos lampejos de CR7, Toni Kroos que acabou de chegar, se juntou com o modric no meio de campo do Real e controla toda a criação da equipe, com precisão nos seus toques e organização na transição da defesa para o ataque; James Rodriguez chegou, não rendeu o esperado nas primeiras rodadas e com o passar do tempo vem vencendo a desconfiança e começa a acumular boas apresentações com a camisa 10; Benzema que luta pra chegar ao status de unanimidade desde quando disputava vaga com o fraquíssimo Higuaín sempre muito perigoso, não se omitindo nos clássicos e não desperdiçando chances preciosas, como a que recebeu hoje, parece que dessa vez ele enfim se firmou como atacante titular do Real Madrid, sorte do time. O ponto fraco continua por conta da defesa, que por vezes vem tomando gol nos primeiros minutos Pepe e Sergio Ramos não conseguem fazer partidas impecáveis, sem cochilar em alguns momentos ou entregar o ouro em outros, o mesmo vale para Carvajal e pra Marcelo (que não tem a mínima vocação para defender), mas hoje, mesmo com a falha inicial, a defesa do Real conseguiu segurar o tão esperado ataque barcelonista.

O Barcelona por sua vez começou o jogo se sentindo em casa e com 3 minutos, Suárez na sua estreia mostra o que tem guardado no seu repertório, dando passe pra Neymar abrir o placar e quando todos esperavam que era só o início, a frustração veio, porque aquilo foi tudo que poderia acontecer de bom no novo trio de ataque azul-grená. A falta de intensidade vista contra Ajax e PSG se repetiu mais uma vez, em alguns momentos, a equipe está extremamente ligada no jogo, criando oportunidades com trocas de passes rápidas e muita movimentação e em outras ocasiões se mostrando um time apático, sem o mínimo compromisso com o resultado e mesmo com a chegada de técnico novo, reforços defensivos, o grande problema do Barcelona continua sendo a bola aérea, o que times com jogadores altos e bons nesse tipo de jogada (como o Real Madrid) usam e abusam nos confrontos e hoje não foi diferente. Luis Enrique vem fazendo um bom trabalho a frente do time catalão, mas não deu pra entender a opção pela titularidade de Xavi, que já não vem jogando bem há alguns meses e por toda a temporada tem estado muito mais no banco de reservas que começando os jogos, não precisa ser especialista pra ver o perigo que correria colocando-o pra iniciar o jogo, deixando Rakitic (que vem jogando bem) como opção pro decorrer da partida e como esperado, o capitão pós-puyol em nada acrescentou na equipe e quando o professor resolveu acertar seu meio de campo, Rakitic entra e erra um cruzamento do escanteio, o real tenta puxar o contra ataque e Iniesta, entrega uma jogada ganha, jogando dando um banho de água fria em qualquer reação que pudesse vir a acontecer. Resta ao Barcelona analisar tudo o que errou contra o seu maior concorrente no campeonato pra acertar sua temporada, tanto no espanhol, quanto na champions.
Achei válido um momento só pra dois jogadores que foram destaques muito positivos na partida:
Isco, que chegou com um status de promessa, não jogou pelo Real como jogava pelo Málaga, onde se destacou e se viu encostado num time que tinha Di Maria, Bale, Modric titulares sem oferecer chances para uma possível concorrência, para esta temporada chegaram Kroos e James, mas com uma oportunidade num jogo desta dimensão, Isco confirma a sua boa fase, talvez um novo começo pra sua carreira, vamos esperar.
E Mascherano, o zagueiro do barcelona / volante da seleção argentina, acumula boas atuações faz tempo, do violento e desleal jogador do Corinthians, ficou apenas a vontade e agora seus carrinhos são muito mais precisos, raramente perde um confronto mano-a-mano e quando o Real Madrid parecia desenhar uma goleada, o cão de guarda argentino salvou o Barcelona em alguns momentos, enquanto seu companheiro Piqué continuava a desfrutar de um de seus piores momentos na carreira, palmas pra el jefecito.
No mais é isso, 3x1 pró-Real, um jogo pros amantes do futebol não colocarem defeito.
Segundo turno tem mais, o campeonato espanhol promete!!!


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Existe vida pós-massacre !

Pouco mais de 3 meses se passaram, isso não é nada comparado ao maior vexame que a seleção brasileira já protagonizou, pela esperança por muitos depositada, por ser um jogo em casa, pela forma que jogou, pelo recorde do Klose como maior goleador das copas, enfim... A seleção brasileira ainda convive com esse fantasma e vai conviver por um bom tempo, acredito eu.

Com o fim da copa do mundo, com a demissão de Felipão e uma nova contratação de Dunga para ser técnico, o povo se tomou de desconfiança, já que Dunga, mesmo com uma excelente campanha ao longo de sua passagem, falhou no objetivo maior, que foi a copa do mundo de 2010, principalmente por ter lutado contra a opinião de uma nação inteira e não levar a dupla que estava surgindo no Santos: Neymar e Ganso.
E por todo esse tempo, desde a derrota pra Holanda, Dunga era obrigado a dar satisfações sobre suas escolhas enquanto técnico da seleção. Porém Dunga voltou,  Ganso apesar de viver uma boa fase, tem um série problema de não conseguir emplacar uma temporada jogando em alto nível, oscila muito, às vezes genial em outras simplesmente deprimente, mas Dunga também encontrou um Neymar  sendo o principal nome da seleção, um Neymar que passou por uma temporada 2013-2014 de altos e baixos no Barcelona - uma adaptação normal que todo jogador que sai do Brasil tem que passar, pela diferença do estilo e do nível de jogo jogado no velho continente - e vem começando a temporada 2014-2015 enchendo os olhos da torcida azul-grená, jogando bonito ao lado de Messi num Barcelona que espera ansiosamente pela estreia de Luis Suárez e com uma vontade de decidir os jogos a todo momento. Mas as atuações de Neymar e da seleção como um todo, deixou claro durante a copa do mundo que um jogador ganha jogos, um bom time ganha campeonatos e Dunga assimilou essa mensagem.

Da seleção de Felipão, acredito que o legado deixado por ele, foi apenas a presença do Luiz Gustavo, que conquistou com méritos a vaga de volante titular da seleção brasileira e o carisma da torcida, que voltou a abraçar a seleção após uma passagem fracassada de Mano Menezes. No gol não se vê mais Julio Cesar, que mesmo jogando num clube de segunda divisão do campeonato inglês e em alguns momentos sem clube era, inexplicavelmente titular absoluto da seleção brasileira, nas laterais não se encontram mais Daniel Alves, que apesar de ser peça muito importante no Barcelona, não consegue se firmar na seleção brasileira e Marcelo, que apesar de ter a admiração do povo brasileiro, ser muito querido pela torcida, apresenta uma grande deficiência para defender, talvez por isso não seja titular absoluto no Real Madrid, talvez por isso nos jogos contra Chile e Colômbia durante a copa, Alexis Sanchez e Cuadrado, respectivamente, tenham protagonizado as principais jogadas de suas seleções às costas do nosso lateral; no meio de campo, o próprio Felipão percebeu que o craque Paulinho ficou no Corinthians, que no Tottenham é apenas mais um jogador que compõe o elenco e na seleção nem pra isso serve; Oscar que foi fundamental na conquista da copa das confederações, na copa do mundo não rendeu nem metade do que rendeu em 2013; Felipão parecia tentar encontrar um lugar pro Hulk jogar na seleção, sempre estava em um lugar diferente, nunca conseguia ser protagonista em uma partida e, na minha opinião, só não foi mais um fracasso da era Scolari, pela vontade que apresentava em algumas partidas, compensando a sua deficiência técnica com a amarelinha; a insistência na alegria nas pernas de Bernard não surtiu o mínimo efeito em nenhum dos jogos, aprontava uma correria sem tamanho pelas pontas em jogadas que se alguém se perguntar qual deu certo, ninguém consegue puxar de primeira da memória, mas mesmo assim, era presença constante nos minutos finais de segundo tempo da seleção. Felipão montou uma seleção meio que "abraçando quem o abraçou", ignorando totalmente o conceito de que seleção é momento. Ao conquistar a copa das confederações de 2013, o grupo para o ano seguinte estava praticamente formado, sem espaço para jogadores que estavam de fora conquistar um espaço entre os 23 convocados na busca pelo hexa. E essa panela que foi construída cegou Scolari, já que o ano de 2013 se passou e 2014 veio, com algumas figuras se notabilizando cada vez mais, como Everton Ribeiro sendo disparado o melhor jogador do país, ajudando e muito o Cruzeiro na conquista do brasileirão e Philipe Coutinho, formando uma espécie de quinteto fantástico pelo Liverpool, que quase os levou ao título do campeonato inglês e o principal: Fred não vinha jogando absolutamente nada pelo Fluminense e até mesmo o Walter, com todo o problema com a balança e reserva de Fred vinha fazendo apresentaçoes melhores que o camisa 9 titular da seleção, mas Felipão bancou o seu centroavante e este fez feio e muito feio pelo Brasil na copa do mundo, acumulando atuações vergonhosas e fazendo apenas um gol, num cabeceio sem goleiro a aproximadamente 30 centímetros do gol. O final dessa insistência todos sabem.

Mas com o início de uma nova era Dunga, muitas mudanças vieram e em apenas 4 jogos, o time já parece outro. Jefferson, num dos piores momentos da história do seu clube (como dito em "Só restou a estrela solitária"), enfim teve sua merecida chance na seleção.

Outras figuras como Miranda, Diego Tardelli, Filipe Luis receberam o voto de confiança do novo treinador e não desperdiçaram a oportunidade, Robinho e Kaká, que retornaram ao Brasil e estão fazendo bonito por seus clubes, ganharam nova chance, além dos já citados Everton Ribeiro e Philipe Coutinho. Se antes estávamos acostumados a ver uma seleção jogar um futebol burocrático, vencendo apenas com jogadas individuais e bolas aéreas, agora, mesmo em tão pouco tempo, já se vê uma equipe forte coletivamente, que se adapta à cada situação de jogo, seja o adversário um time montado para contra-atacar ou uma equipe que detém a posse da bola na maior parte do tempo, no grande teste contra a Argentina isso ficou claro, com uma proposta traiçoeira, o time brasileiro foi dominado por uns 20 minutos, encontrou um gol com o novo camisa 9, Diego Tardelli, num contra-ataque que contou com a falha do fraco Romero e passou a controlar bem o jogo até fazer o segundo (novamente com o Tardelli).

E na goleada contra o Japão essa mudança ficou bem clara, mesmo com o imenso poder de decisão 
de Neymar, marcando os 4 gols, o grande destaque da partida fica por conta de uma nova seleção que defende (e muito), ataca muito bem, como um time, não como um bando, esperando o lampejo de uma estrela. Vem coisa por aí..
Se o hexa vem em 2018 ninguém sabe, que o trabalho está apenas começando e tem muita coisa por se fazer, não há dúvidas. Mas Dunga chegou com o propósito de fazer uma seleção jogar como pede o futebol moderno, jogando bonito quando tem que jogar, jogando feio quando é conveniente que assim seja feito e, o mais importante de tudo: Vencendo... e vencendo bem.

domingo, 12 de outubro de 2014

AQUI NÃO!


Num campeonato estupidamente dominado pelo cruzeiro, uma coisa inusitada aconteceu no maracanã nesta tarde de domingo dia das crianças: O predador do campeonato foi presa fácil!
E tudo começou de uma forma, no mínimo curiosa, e te direi porque:
Egídio, que deu certo em todos os times que jogou, menos no time que o formou, curiosamente o Flamengo, perdeu uma bola daquelas imperdíveis, saída pro jogo, defesa desguarnecida e desarmado pelo limitado e esforçado Márcio Araújo, deixando sua lateral aberta pro Alecsandro cruzar e pro melhor zagueiro de todos os tempos em 2011, ídolo da torcida do gigante da colina (que no momento disputa a segunda divisão do campeonato brasileiro), fazer um gol contra, abrindo o caminho da vitória..
E realmente por ali foi o caminho, não é a toa que Luxemburgo logo no intervalo colocou o Gabriel pra aprontar uma correria pela meia direita do flamengo e após sofrer uma pressão inicial por parte do cruzeiro, logo o flamengo fez o segundo gol, numa nova (e gigante) bobeira, dessa vez do bom zagueiro Manoel e também pelo lado esquerdo, Canteros foi agraciado com um gol e o futuro campeão brasileiro acusou o golpe de tal forma que praticamente no lance seguinte, o flamengo chegou ao terceiro com Gabriel, em nova jogada com liberdade pelo lado esquerdo da defesa do cruzeiro. Depois disso o flamengo só teve o trabalho de movimentar a bola de um lado para o outro, com gritos de olé sendo ouvidos 20 minutos antes do apito final.
Mas se por um lado a vitória deu alívio e até ânimo pro flamengo, o cruzeiro deve se atentar um pouco mais para essa reta final, uma equipe que se notabilizou pelo jogo coletivo, que perdeu 2 jogadores (sim, os principais) e por muitas vezes se mostrou uma equipe perdida dentro de campo. Muitos erros de passes, muitas jogadas que não condizem com o time que é, de longe, o mais organizado do Brasil. Além do fato de com erros individuais do Marcelo Moreno, o cruzeiro jogou fora uma oportunidade de virar um jogo e aumentar manter sua larga distância em relação aos outros "candidatos ao título". Continuo vendo o time do cruzeiro como campeão brasileiro, não acredito que uma crise chegue na toca da raposa, as vitórias parem de acontecer e o time perca o gás na reta final, este time não aparenta que vá dar um mole desse tamanho. Quanto ao Egídio, a grande pedra no seu sapato talvez seja a camisa, a torcida, o maracanã enfim, qualquer coisa relacionada ao Flamengo, que justifique a queda de rendimento do seu futebol, mas isso já não é mais problema nosso.
A estreia do Anderson Pico, que tem tudo pra disputar uma vaga com o inconstante João Paulo, foi uma boa novidade pra lateral esquerda do Flamengo. Alecsandro pareceu estar menos preocupado com reclamar, se jogar, querer apitar os jogos e procurou jogar futebol, que é o que ele sabe fazer, dentro de suas limitações. A zaga do flamengo continua sendo um setor que passa um pouco de segurança, principalmente pelo fato de um zagueiro titular sair contundido no primeiro tempo e o seu reserva entrar e não comprometer, isso é um ponto muito positivo tanto no jogo de hoje, quanto para campeonatos de longa duração, como o Brasileirão. Luxemburgo foi preciso nas alterações, tirando Eduardo da Silva com a técnica que a torcida flamenguista está se acostumando a ver e colocando Gabriel, julgando que o flamengo poderia crescer muito mais explorando a má atuação do Egídio, experiência que ao final do jogo vimos que deu certo; além de colocar Muralha pra jogar, jogador que foi titular com Luxemburgo na libertadores de 2012, que fez boas partidas, apesar da eliminação precoce e medíocre e que tornou a acontecer esse ano, só que dessa vez, as boas atuações não vieram, os lançamentos de trivela pararam de sair certos, fazendo com que ele perdesse a confiança dele mesmo, dos treinadores, da torcida e o colocando no fim da fila novamente, tendo que começar tudo do zero e nada melhor pra recomeçar esse caminho que entrando em um jogo ganho pra adquirir confiança e poder ser útil em tempos futuros. E parabéns ao Canteros, um jogador que chegou como desconhecido, vem conquistando seu espaço no time e com a torcida que dessa vez foi premiado com um gol, não foi de falta ainda, mas é sempre bom jogar bem na sua posição e fazer bem feito quando vai ao ataque.
Se o Cruzeiro fez a sua pior partida nesse brasileirão eu não sei dizer, mas posso dizer que o Flamengo nada tinha a ver com isso. Venceu e venceu bem, dando tranquilidade e confiança na preparação pros últimos 90 minutos diante do América de Natal, que já deixou claro que não tem medo de jogar no maracanã. Cenas dos próximos capítulos.
Foi pra cima deles Mengo !
Espalha pra Geral