domingo, 23 de novembro de 2014

O campeão voltou!!!!! Pra ficar?


O Vasco neste último sábado conseguiu o tão sonhado retorno à série A do campeonato brasileiro. Não deixa de ter feito sua obrigação, seu dever de casa, um clube deste tamanho não pode viver momentos como esses, que acumularam dois rebaixamentos em um espaço de tempo tão curto. Por falar em obrigação, acredito que a obrigação inicial, pelo menos por parte da torcida, fosse o título, uma vez que o Vasco era o principal time da competição, além do fato de recentemente, todos os Grandes que caíram, voltaram à principal competição do país de forma tranquila, antecipada, às vezes até com sobras e, principalmente, sagrando-se campeãs!
Antes desse período de crise, o Vasco era dirigido por Eurico Miranda, o folclórico presidente, que popularizou o "Clássico dos milhões" tirou um pouco a imagem do Fla x Flu como maior clássico do Rio de Janeiro, conquistou inúmeros títulos à frente do cruzmaltino e se envolveu em inúmeras polêmicas em virtude de sua índole tão contestada pela grande maioria (que não cabe a minha pessoa julgar, até porque nao sou jornalista, não sou fofoqueiro, não sou investigador e me considero muito novo pra morrer por aí de bobeira rs que risada sem graca.), que no final de seu mandato ficou marcado por alguns episódios como a venda precoce de Phillipe Coutinho (Pra Internazionale, hoje jogando no Liverpool e na seleção principal) , uma das maiores promessas das categorias de base vascaína que poderia render muito, tanto dentro de campo quanto aos cofres numa venda realizada mais a frente; como também o aumento galático da multa rescisória de Alex Teixeira, outra promessa, o que o levou ao apelido de "O homem de 100 milhões de reais"; além de tantas outras histórias curiosas que o homem do charuto viveu como presidente.
Com o desgaste por causa de tantas polêmicas, Roberto Dinamite, eterno ídolo vascaíno (até então) resolveu se candidatar à presidência, no intuito de colocar ordem na casa, organizar a bagunça que se encontrava, mas como diria o ditado: de boas intenções o inferno está cheio!

E se Roberto tinha boas intenções, em pouquíssimo tempo conheceu o inferno, o mandato do Eurico se foi, ficou um rombo gigante nos cofres do Vasco e toda a proposta de arrumação foi por água abaixo com o rebaixamento de 2008, seu primeiro ano como mandatário do gigante da colina, retornando à elite logo no ano seguinte. Em 2011, talvez Roberto Dinamite tenha vivido seu principal momento à frente do clube, com o título da copa do Brasil e no brasileirão uma briga pelo título que durou até o fim da competição quando conquistou o Vice campeonato. No ano seguinte, ainda com um grande time que contava com Dedé, que no ano anterior havia recebido o status de Mito, Juninho Pernambucano, Diego Souza (que teve o gol da classificação aos seus pés e desperdiçou), o Vasco chegou na libertadores e após fazer uma boa campanha acabou sendo eliminado pelo Corinthians que conquistaria posteriormente seu título da principal competição do continente e após essa eliminação, o Vasco caiu de produção, vendeu seus principais jogadores sem repor as peças, as belíssimas apresentações foram se tornando cada vez mais raras até que em 2013 o time mais uma vez foi rebaixado após uma campanha medíocre durante todo o brasileiro.

2014 veio, o Vasco se reforçou do jeito que foi possível, montando um time que na minha opinião era mais forte que o do ano anterior, chegou à vice colocação no campeonato carioca, perdendo para o arquirrival Flamengo aos 46 minutos do segundo tempo, quando a sua torcida já soltava seus gritos de Olé, com o 1x0 no placar, que parecia o placar definitivo.
Na campanha da série B, o futebol apresentado em 2009 não se repetiu e o caminho até a confirmação do acesso foi complicado, acumulando partidas ruins, vaias e insatisfação por parte da torcida por inúmeras ocasiões. Com o lançamento da candidatura de Eurico Miranda, a torcida vascaína o abraçou de uma forma que passa a impressão de que se a coisa era ruim com ele, sem ele só piorou e talvez por isso, a partir de 2015 entre estará de volta, com o Vasco na primeira divisão nacional.
De lição para Roberto Dinamite fica que seu lugar no Vasco deveria ser de eterno ídolo, não de presidente odiado pela maioria. De lição para a torcida fica que não é qualquer um com o coração bem intencionado (até que se prove o contrário) pode chegar e administrar um clube da magnitude do Vasco da Gama.
E por último, fica um recado a todos vascaínos, sejam bem vindos de volta ao Brasileirão, venham com com pensamento de time grande, ser campeão independente do adversário que encontrarem e não abracem o discurso minúsculo do novo presidente de vocês de chegar pra ganhar do Flamengo. O Vasco é muito mais que 'o time que vem pra correr atrás do flamengo', esse pensamento só mostra um reconhecimento de inferioridade em relação ao rival. Não façam isso, pega mal para vocês mesmos "ta feio, ta escroto" DIAS, L. 2013.


Sejam bem vindos de volta!

sábado, 15 de novembro de 2014

Vestiu rubro negro não tem pra ninguém !

119 anos..
Aposto que os seis jovens remadores, em 1895, não acreditavam que o seu grupo de regatas chegaria onde chegou, com o status de mais querido do Brasil. Mesmo sendo originado a partir de atletas do Fluminense, com o tempo o Flamengo foi crescendo, ganhando títulos, se tornando cada vez mais importante até chegar ao posto de maior potência do futebol carioca. Por mais que os torcedores dos outros times digam que não, é inegável a superioridade rubro-negra em relação aos seus rivais mais próximo e essa superioridade não foi recebida, sorteada, mas sim conquistada, com muita luta, o que fez do flamengo ser o que é nos dias de hoje, com todas as suas conquistas, com toda a sua torcida fazendo o clube da gávea merecer o respeito que tem por parte de todos.
Mesmo não tendo visto a geração mais vitoriosa da história do Flamengo, com o seu dream team, é impossível não fazer a questão de exaltar tudo o que foi conquistado nesta época, principalmente a libertadores e o mundial, em 1981, time que foi aproveitado, e muito, para ajudar a seleção que disputaria a copa do mundo no ano seguinte, que até hoje é lembrada pelo seu futebol e por alguns considerada a maior de todos os tempos, mesmo que não tenha conquistado o tetra á época, tendo como seu principal jogador, ninguém mais, ninguém menos que: ZICO.

No flamengo, quando alguém chega ao patamar que Zico chegou, deixa de ser apenas um ídolo comum, que agrada apenas aos torcedores do seu time e com o passar do tempo cai no esquecimento, ele entra num estágio, que é admirado não só pelos torcedores do seu time, não só pelos torcedores que o viram jogar, mas também por pessoas que nasceram depois do Galinho ter pendurado as chuteiras e me arrisco a dizer que essa admiração persistirá até para o que ainda não nasceram. Mas também, talvez o mais impressionante seja o fato de que Zico é admirado também pelos torcedores rivais, , que abrem mão um pouco da rivalidade (o que é quase impossível) para elogiar o eterno camisa 10 da gávea. É impossível falar do Flamengo sem falar do Zico, mesmo sem ter o prazer de vê-lo jogar, o que é uma pena.
Mas mesmo sem ter visto o maior jogador da história de seu time, não sobram aos flamenguistas motivos para se orgulhar do time que torcem, como por exemplo:
-A conquista do Tricampeonato carioca em cima do Vasco, com o histórico gol do Pet,

-O "hexa na raça" sob os comandos do sérvio mais amado do Brasil (novamente) e Adriano Imperador.

-Além das conquistas da copa do Brasil, em 2006 (esta sobre o Vasco, de novo) e 2013.
Deixando de citar alguns célebres momentos recentes, como o Flamengo de 2004 que levantava a poeira no maracanã ou o bonde do mengão sem freio que faturou o campeonato carioca sem perder uma única partida e a grande arrancada do campeonato brasileiro de 2007, tirando o time da zona de rebaixamento e terminando o campeonato em terceiro lugar, tudo isso com muita "Raça, Amor e Paixão", sem falar no episódio do chororô em respeito aos amigos leitores botafoguenses.
Mas nem só de momentos felizes viveu a torcida flamenguista, foram diversas brigas que pareciam infindáveis contra o rebaixamento, muitas decepções que beirassem o ridículo, como:
-Os maracanazos vividos contra América do México e Santo André

-Bruno que foi de melhor goleiro do Brasil à presidiário no caso Eliza Samúdio.
Entre outras histórias que não valem a pena serem citadas. Mas como diz o bordão que já se popularizou  até em outros clubes: Se não é sofrido, não é flamengo.
Somam-se a esses aspectos algumas questões peculiares como toda a inveja dos torcedores rivais, evidenciada na alegria que toma conta da torcida batizada como "Arco-íris" a cada derrota do flamengo ou quando numa croda de conversa você vê que torcedores de times rivais estão concordando em opiniões e até mesmo somando argumentos, pelo simples fato de um flamenguista ter começado a citar todas as conquistas do seu clube. Vão falar que foi a arbitragem (claro, quando o erro é a favor do flamengo, quando é contra ninguém vê), vão falar que foi emissora de televisão, enfim... vão falar de TUDO, mas o orgulho de ser rubro-negro não vai acabar nunca.. Virão momentos difíceis, virão títulos, virão ídolos e fracassos, mas o Flamengo fica.
"Os anos passam, se passam os jogadores mas fica tu flamengo e eu não paro de te amar"

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A copa também deixou legado pra eles!

Depois do fracasso vivido durante a copa do mundo, com  uma derrota humilhante diante da Alemanha e a "conquista" da quarta colocação no mundial, após mais uma derrota (desta vez, pra Holanda), a Confederação Brasileira de Futebol percebeu que não estava tudo tão certo  como imaginávamos com a nossa seleção e que havia uma extrema necessidade de mudança (como já foi citado aqui anteriormente) e essa mudança seria apenas no material humano que estaria à disposição do treinador, como também nas seleções de base e nos clubes formadores de talentos .
O Brasil, único pentacampeão mundial, país de onde nasceu Pelé, o maior nome da história do futebol, nunca precisou investir tanto para que novos nomes surgissem, já que o talento com a bola era tido como algo natural e que toda habilidade, ginga, malandragem eram suficientes para vencer qualquer adversário. Algumas seleções de grande tradição no futebol como Itália, Inglaterra e a própria Alemanha (até então), nunca apresentaram um futebol sequer parecido com o nosso, no que diz respeito ao espetáculo,  jogando aquele jogo robotizado, com jogadas muito mais mecânicas, sem o improviso ao qual estávamos acostumados e por mais que essas seleções não enchessem os nossos olhos, nunca deixaram de ser competentes. Se hoje a seleção brasileira necessita urgentemente de uma  reformulação, grande parte dessa necessidade parte de uma soberba criada ao longo do tempo, a teoria do "Com o brasileiro não há quem possa", uma teoria em que nós a todo tempo ensinamos ao mundo como se jogava , sem que o mundo pudesse nos acrescentar em nada.Se o  mundo todo tem a ensinar futebol ao Brasil ninguém sabe dizer, mas que Alemanha e Holanda  deram lições grandiosas, disso não há dúvidas.
Agora resta ao Brasil correr atrás do tempo perdido, preparar  o futuro da seleção , pra que não sejam vividos mais massacres como viveu dentro da própria casa, em que até o adversário fica com pena.
E esse caminho parece estar começando a ser desenhado para gerações futuras, vem uma safra de jogadores muito boa por aí, se pegarmos os últimos anos do futebol brasileiro, poucos são os exemplos de jogadores que saíram do Brasil diretamente para clubes de ponta europeus (Neymar, Lucas e Oscar, únicos que lembrei rapidamente).  Além das promessas  que estão esquecidas lá fora, como Lucas Piazon, Adryan, temos outros exemplos ganhando destaque como Anderson Talisca que continua no Benfica -POR jogando bem como estava jogando pelo Bahia no começo do brasileirão, Marquinhos, por vezes titular no PSG, que conta com uma das melhores duplas de zaguieiros do mundo, a zaga titular da seleção braileira na última copa e Rafinha que foi eleito pelo Celta de Vigo, a revelação do campeonato espanhol da temporada passada e na sua volta de empréstimo pro Barcelona  vem sendo usado com certa frequência pelo técnico Luis Henrique num elenco que conta com estrelas do futebol e jogadores mais jovens tem que lutar muito para conquistar um espaço. No Brasil, alguns jovens talentos vêm figurando como titulares em suas equipes e despertando interesses de grandes clubes lá de fora, como está acontecendo com  Douglas Coutinho do Atlético-PR, Lucas Silva do Cruzeiro e recentemente aconteceu com Dória ex-Botafogo, já negociado com o futebol francês.
Talvez se o Brasil não tivesse tomado o baile que tomou em dois jogos consecutivos na copa, nenhuma lição teria sido tirada e a seleção continuaria na mesma situação, na esperança que Neymar  ganhasse os títulos para a alegria do povo, mas não estamos mais nos tempos que um jogador só ganha um campeonato inteiro. É preciso mais que um time titular forte para vencer a próxima copa, é preciso um time capaz de se modificar de acordo com cada situação de jogo, é preciso peças de reposição para substituir os titulares com a devida competência ou que até crie no treinador a dúvida em relação a quem vai colocar pra jogar. Até lá existe um longo caminho a ser trilhado, com calma com os talentos que irão surgir, competência para administrar e, principalmente, vontade de vencer e dar orgulho a um povo que respira futebol e vê o esporte quase que como uma religião.

#PrafrenteBrasil 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

180 minutos não é pra qualquer um...

...E o galo está ciente disso.
Desde o ano passado na caminhada rumo ao título da libertadores, numa campanha que se notabilizou pela capacidade de reagir às adversidades e pela força nos jogos dentro de casa. O elenco não conta mais com a genialidade de armação do Ronaldinho, nem com a alegria nas pernas de Bernard, mas conta com um Tardelli com um pouco das características dos dois e com um time com uma vontade de vencer tão grande quanto a do ano passado. Essa sede de vitória pesou muito pro lado atleticano, mas o principal motivador em ambas campanhas, sem dúvida nenhuma, foi a torcida que com o seu já conhecido grito de "EU ACREDITO" viu o time passar, curiosamente pelos dois times que tem como principais patrimônios suas torcidas (Corinthians nas quartas e flamengo na semifinal). Seja no independência, seja no Mineirão, com certeza a torcida do atlético adquiriu seu merecido e devido respeito, apoiando, incentivando o time em todos os momentos, independente da situação que o time estiver inserido.

Se dividirmos o jogo em 4 tempos, diria que em 3 deles o atlético foi melhor. Com exceção do segundo tempo no maracanã, onde o flamengo impôs seu estilo, dominou o meio de campo e fez os seus 2x0 no jogo de ida, o que era visto como obrigação, já que uma vitória simples já não seria suficiente pra segurar na partida de volta (Minha opinião). Mas de resto, o atlético foi melhor na maior parte da semifinal, dominando o meio de campo com passes precisos, jogadas de infiltração pelo meio da zaga, às costas de volantes e laterais e por vezes parando em Paulo Victor que vem numa fase sensacional no gol do flamengo.
Em uma semana muita coisa mudou no flamengo. O rubro negro no jogo decisivo não pode contar com Gabriel, protagonista do primeiro jogo, que caiu nas graças da torcida depois de um péssimo ano de 2013 que se lesionou no jogo do fim de semana contra a chapecoense, o mesmo aconteceu com Leonardo Moura e esta última perda foi de grande importância (negativamente falando) pro flamengo, porque além da perda do capitão, o flamengo passou a ter no titular Leo, a melhor opção para a lateral direita, bom jogador, mas com um histórico grande de lesões e um psicológico muito fraco (só lembrar que quando recebeu uma chance de titular na libertadores fez uma partida digna de pena sendo vaiado por parte da torcida ainda no primeiro tempo) que ficou claro em diversos chutões sem a menor necessidade, discussões bobas com adversários, companheiros, arbitragem e sem  muito acrescentar tanto ofensiva quanto defensivamente. Mas no meu ponto de vista, o principal erro do flamengo foi um misto de apatia, falta de confiança e um respeito excessivo, quase medo do atlético. O time jogou por uma bola, que Everton converteu e apenas isso, se limitaram a recuar, dar chutes pra frente e não conseguiram em momento algum segurar a bola no campo de ataque, caiu sobre as costas de Luxemburgo as inexplicáveis substituições, onde colocou o fraco Elton que nada fez pelo flamengo e Mattheus (que ainda carrega o status de promessa e continua sendo "o filho do Bebeto") e sem contar com a retirada de Everton que seria a única válvula de escape do time. O flamengo superestimou tanto o atlético mineiro que quase conseguiu um gol salvador nos acréscimos do segundo tempo. Será que se tivesse pelo menos tentado algo do tipo o resultado não seria ouro?
E o atlético que nada tinha a ver com isso, mesmo saindo atrás, conseguiu empatar no primeiro tempo - o que foi de importância gigantesca - e com muita luta, vontade e, principalmente, jogando bola, chegou a classificação.
O desfecho pra maior torcida do Brasil não foi o melhor possível, mas o desfecho da copa do Brasil será talvez o confronto do ano no cenário nacional.
De um lado o Copeiro Atlético Mineiro, com sua vontade e com sua bolsa área mortal e do outro, ninguém menos que seu arquirrival, Cruzeiro, o time a ser batido no futebol brasileiro que eliminou o Santos em plena Vila Belmiro (que infelizmente não pude ver) e que vai em busca de mais uma tríplice coroa.
Mesmo considerando o cruzeiro favorito, não existe previsão pra quem leva a copa do Brasil de 2014, pra mim, a melhor dos últimos anos.
Vem muita coisa boa por aí, vamos ver o que essa final nos reserva.

O futebol agradece!

Espalha pra geral!