sábado, 25 de outubro de 2014

Foi só o primeiro 'El Clasico' da temporada !

Mesmo torcendo pro Barcelona, não dá pra deixar de admirar e ficar encantado após um Real x Barça como esse. Que jogo!!! Por jogos como estes (e todos os outros), esse clássico é considerado o maior jogo de futebol do mundo.
Ingredientes não faltam, além da rivalidade histórica, é um jogo que sai das 4 linhas, passa pela política, dá um pulo nas declarações polêmicas, flerta com as reclamações de arbitragem e como se não bastasse isso, põe a frente os dois melhores jogadores da geração, dois craques que desde 2008 tomaram conta do prêmio de melhor jogador do mundo, sem dar espaço pra outros jogadores que venham a surgir e claro que gera uma discussão interminável: Quem é o melhor entre Messi e Cristiano Ronaldo? Uma pergunta que poderia ser respondida com um "tanto faz, o que importa é que os dois jogam muito" mas, infelizmente não é o que acontece e azar de quem é fã de um não se dá o trabalho e perde os espetáculos protagonizados pelo outro (que é o meu caso, sem dúvida nenhuma). Infelizmente também, foi o fato de nenhum dos dois não terem feito hoje partidas brilhantes pelos seus times.. Messi errando muito, sem intensidade na chegada  ao ataque  e por muitas vezes se acomodando diante da marcação madrilenha e Cristiano com poucas finalizações, muitas tentativas de cavadas de falta e pênalti, além de muitos erros em jogadas cruciais, tendo salvo sua atuação por marcar o gol de empate, de pênalti. Mas isso só aumenta o espetáculo, quando as principais estrelas não brilham, outros candidatos a protagonistas surgem na partida.

No caso do Real, talvez o grande destaque tenha sido o jogo coletivo, tão pouco visto em outras épocas, o time da capital espanhola encontrou uma forma de jogar coletivamente sem depender apenas dos lampejos de CR7, Toni Kroos que acabou de chegar, se juntou com o modric no meio de campo do Real e controla toda a criação da equipe, com precisão nos seus toques e organização na transição da defesa para o ataque; James Rodriguez chegou, não rendeu o esperado nas primeiras rodadas e com o passar do tempo vem vencendo a desconfiança e começa a acumular boas apresentações com a camisa 10; Benzema que luta pra chegar ao status de unanimidade desde quando disputava vaga com o fraquíssimo Higuaín sempre muito perigoso, não se omitindo nos clássicos e não desperdiçando chances preciosas, como a que recebeu hoje, parece que dessa vez ele enfim se firmou como atacante titular do Real Madrid, sorte do time. O ponto fraco continua por conta da defesa, que por vezes vem tomando gol nos primeiros minutos Pepe e Sergio Ramos não conseguem fazer partidas impecáveis, sem cochilar em alguns momentos ou entregar o ouro em outros, o mesmo vale para Carvajal e pra Marcelo (que não tem a mínima vocação para defender), mas hoje, mesmo com a falha inicial, a defesa do Real conseguiu segurar o tão esperado ataque barcelonista.

O Barcelona por sua vez começou o jogo se sentindo em casa e com 3 minutos, Suárez na sua estreia mostra o que tem guardado no seu repertório, dando passe pra Neymar abrir o placar e quando todos esperavam que era só o início, a frustração veio, porque aquilo foi tudo que poderia acontecer de bom no novo trio de ataque azul-grená. A falta de intensidade vista contra Ajax e PSG se repetiu mais uma vez, em alguns momentos, a equipe está extremamente ligada no jogo, criando oportunidades com trocas de passes rápidas e muita movimentação e em outras ocasiões se mostrando um time apático, sem o mínimo compromisso com o resultado e mesmo com a chegada de técnico novo, reforços defensivos, o grande problema do Barcelona continua sendo a bola aérea, o que times com jogadores altos e bons nesse tipo de jogada (como o Real Madrid) usam e abusam nos confrontos e hoje não foi diferente. Luis Enrique vem fazendo um bom trabalho a frente do time catalão, mas não deu pra entender a opção pela titularidade de Xavi, que já não vem jogando bem há alguns meses e por toda a temporada tem estado muito mais no banco de reservas que começando os jogos, não precisa ser especialista pra ver o perigo que correria colocando-o pra iniciar o jogo, deixando Rakitic (que vem jogando bem) como opção pro decorrer da partida e como esperado, o capitão pós-puyol em nada acrescentou na equipe e quando o professor resolveu acertar seu meio de campo, Rakitic entra e erra um cruzamento do escanteio, o real tenta puxar o contra ataque e Iniesta, entrega uma jogada ganha, jogando dando um banho de água fria em qualquer reação que pudesse vir a acontecer. Resta ao Barcelona analisar tudo o que errou contra o seu maior concorrente no campeonato pra acertar sua temporada, tanto no espanhol, quanto na champions.
Achei válido um momento só pra dois jogadores que foram destaques muito positivos na partida:
Isco, que chegou com um status de promessa, não jogou pelo Real como jogava pelo Málaga, onde se destacou e se viu encostado num time que tinha Di Maria, Bale, Modric titulares sem oferecer chances para uma possível concorrência, para esta temporada chegaram Kroos e James, mas com uma oportunidade num jogo desta dimensão, Isco confirma a sua boa fase, talvez um novo começo pra sua carreira, vamos esperar.
E Mascherano, o zagueiro do barcelona / volante da seleção argentina, acumula boas atuações faz tempo, do violento e desleal jogador do Corinthians, ficou apenas a vontade e agora seus carrinhos são muito mais precisos, raramente perde um confronto mano-a-mano e quando o Real Madrid parecia desenhar uma goleada, o cão de guarda argentino salvou o Barcelona em alguns momentos, enquanto seu companheiro Piqué continuava a desfrutar de um de seus piores momentos na carreira, palmas pra el jefecito.
No mais é isso, 3x1 pró-Real, um jogo pros amantes do futebol não colocarem defeito.
Segundo turno tem mais, o campeonato espanhol promete!!!


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Existe vida pós-massacre !

Pouco mais de 3 meses se passaram, isso não é nada comparado ao maior vexame que a seleção brasileira já protagonizou, pela esperança por muitos depositada, por ser um jogo em casa, pela forma que jogou, pelo recorde do Klose como maior goleador das copas, enfim... A seleção brasileira ainda convive com esse fantasma e vai conviver por um bom tempo, acredito eu.

Com o fim da copa do mundo, com a demissão de Felipão e uma nova contratação de Dunga para ser técnico, o povo se tomou de desconfiança, já que Dunga, mesmo com uma excelente campanha ao longo de sua passagem, falhou no objetivo maior, que foi a copa do mundo de 2010, principalmente por ter lutado contra a opinião de uma nação inteira e não levar a dupla que estava surgindo no Santos: Neymar e Ganso.
E por todo esse tempo, desde a derrota pra Holanda, Dunga era obrigado a dar satisfações sobre suas escolhas enquanto técnico da seleção. Porém Dunga voltou,  Ganso apesar de viver uma boa fase, tem um série problema de não conseguir emplacar uma temporada jogando em alto nível, oscila muito, às vezes genial em outras simplesmente deprimente, mas Dunga também encontrou um Neymar  sendo o principal nome da seleção, um Neymar que passou por uma temporada 2013-2014 de altos e baixos no Barcelona - uma adaptação normal que todo jogador que sai do Brasil tem que passar, pela diferença do estilo e do nível de jogo jogado no velho continente - e vem começando a temporada 2014-2015 enchendo os olhos da torcida azul-grená, jogando bonito ao lado de Messi num Barcelona que espera ansiosamente pela estreia de Luis Suárez e com uma vontade de decidir os jogos a todo momento. Mas as atuações de Neymar e da seleção como um todo, deixou claro durante a copa do mundo que um jogador ganha jogos, um bom time ganha campeonatos e Dunga assimilou essa mensagem.

Da seleção de Felipão, acredito que o legado deixado por ele, foi apenas a presença do Luiz Gustavo, que conquistou com méritos a vaga de volante titular da seleção brasileira e o carisma da torcida, que voltou a abraçar a seleção após uma passagem fracassada de Mano Menezes. No gol não se vê mais Julio Cesar, que mesmo jogando num clube de segunda divisão do campeonato inglês e em alguns momentos sem clube era, inexplicavelmente titular absoluto da seleção brasileira, nas laterais não se encontram mais Daniel Alves, que apesar de ser peça muito importante no Barcelona, não consegue se firmar na seleção brasileira e Marcelo, que apesar de ter a admiração do povo brasileiro, ser muito querido pela torcida, apresenta uma grande deficiência para defender, talvez por isso não seja titular absoluto no Real Madrid, talvez por isso nos jogos contra Chile e Colômbia durante a copa, Alexis Sanchez e Cuadrado, respectivamente, tenham protagonizado as principais jogadas de suas seleções às costas do nosso lateral; no meio de campo, o próprio Felipão percebeu que o craque Paulinho ficou no Corinthians, que no Tottenham é apenas mais um jogador que compõe o elenco e na seleção nem pra isso serve; Oscar que foi fundamental na conquista da copa das confederações, na copa do mundo não rendeu nem metade do que rendeu em 2013; Felipão parecia tentar encontrar um lugar pro Hulk jogar na seleção, sempre estava em um lugar diferente, nunca conseguia ser protagonista em uma partida e, na minha opinião, só não foi mais um fracasso da era Scolari, pela vontade que apresentava em algumas partidas, compensando a sua deficiência técnica com a amarelinha; a insistência na alegria nas pernas de Bernard não surtiu o mínimo efeito em nenhum dos jogos, aprontava uma correria sem tamanho pelas pontas em jogadas que se alguém se perguntar qual deu certo, ninguém consegue puxar de primeira da memória, mas mesmo assim, era presença constante nos minutos finais de segundo tempo da seleção. Felipão montou uma seleção meio que "abraçando quem o abraçou", ignorando totalmente o conceito de que seleção é momento. Ao conquistar a copa das confederações de 2013, o grupo para o ano seguinte estava praticamente formado, sem espaço para jogadores que estavam de fora conquistar um espaço entre os 23 convocados na busca pelo hexa. E essa panela que foi construída cegou Scolari, já que o ano de 2013 se passou e 2014 veio, com algumas figuras se notabilizando cada vez mais, como Everton Ribeiro sendo disparado o melhor jogador do país, ajudando e muito o Cruzeiro na conquista do brasileirão e Philipe Coutinho, formando uma espécie de quinteto fantástico pelo Liverpool, que quase os levou ao título do campeonato inglês e o principal: Fred não vinha jogando absolutamente nada pelo Fluminense e até mesmo o Walter, com todo o problema com a balança e reserva de Fred vinha fazendo apresentaçoes melhores que o camisa 9 titular da seleção, mas Felipão bancou o seu centroavante e este fez feio e muito feio pelo Brasil na copa do mundo, acumulando atuações vergonhosas e fazendo apenas um gol, num cabeceio sem goleiro a aproximadamente 30 centímetros do gol. O final dessa insistência todos sabem.

Mas com o início de uma nova era Dunga, muitas mudanças vieram e em apenas 4 jogos, o time já parece outro. Jefferson, num dos piores momentos da história do seu clube (como dito em "Só restou a estrela solitária"), enfim teve sua merecida chance na seleção.

Outras figuras como Miranda, Diego Tardelli, Filipe Luis receberam o voto de confiança do novo treinador e não desperdiçaram a oportunidade, Robinho e Kaká, que retornaram ao Brasil e estão fazendo bonito por seus clubes, ganharam nova chance, além dos já citados Everton Ribeiro e Philipe Coutinho. Se antes estávamos acostumados a ver uma seleção jogar um futebol burocrático, vencendo apenas com jogadas individuais e bolas aéreas, agora, mesmo em tão pouco tempo, já se vê uma equipe forte coletivamente, que se adapta à cada situação de jogo, seja o adversário um time montado para contra-atacar ou uma equipe que detém a posse da bola na maior parte do tempo, no grande teste contra a Argentina isso ficou claro, com uma proposta traiçoeira, o time brasileiro foi dominado por uns 20 minutos, encontrou um gol com o novo camisa 9, Diego Tardelli, num contra-ataque que contou com a falha do fraco Romero e passou a controlar bem o jogo até fazer o segundo (novamente com o Tardelli).

E na goleada contra o Japão essa mudança ficou bem clara, mesmo com o imenso poder de decisão 
de Neymar, marcando os 4 gols, o grande destaque da partida fica por conta de uma nova seleção que defende (e muito), ataca muito bem, como um time, não como um bando, esperando o lampejo de uma estrela. Vem coisa por aí..
Se o hexa vem em 2018 ninguém sabe, que o trabalho está apenas começando e tem muita coisa por se fazer, não há dúvidas. Mas Dunga chegou com o propósito de fazer uma seleção jogar como pede o futebol moderno, jogando bonito quando tem que jogar, jogando feio quando é conveniente que assim seja feito e, o mais importante de tudo: Vencendo... e vencendo bem.

domingo, 12 de outubro de 2014

AQUI NÃO!


Num campeonato estupidamente dominado pelo cruzeiro, uma coisa inusitada aconteceu no maracanã nesta tarde de domingo dia das crianças: O predador do campeonato foi presa fácil!
E tudo começou de uma forma, no mínimo curiosa, e te direi porque:
Egídio, que deu certo em todos os times que jogou, menos no time que o formou, curiosamente o Flamengo, perdeu uma bola daquelas imperdíveis, saída pro jogo, defesa desguarnecida e desarmado pelo limitado e esforçado Márcio Araújo, deixando sua lateral aberta pro Alecsandro cruzar e pro melhor zagueiro de todos os tempos em 2011, ídolo da torcida do gigante da colina (que no momento disputa a segunda divisão do campeonato brasileiro), fazer um gol contra, abrindo o caminho da vitória..
E realmente por ali foi o caminho, não é a toa que Luxemburgo logo no intervalo colocou o Gabriel pra aprontar uma correria pela meia direita do flamengo e após sofrer uma pressão inicial por parte do cruzeiro, logo o flamengo fez o segundo gol, numa nova (e gigante) bobeira, dessa vez do bom zagueiro Manoel e também pelo lado esquerdo, Canteros foi agraciado com um gol e o futuro campeão brasileiro acusou o golpe de tal forma que praticamente no lance seguinte, o flamengo chegou ao terceiro com Gabriel, em nova jogada com liberdade pelo lado esquerdo da defesa do cruzeiro. Depois disso o flamengo só teve o trabalho de movimentar a bola de um lado para o outro, com gritos de olé sendo ouvidos 20 minutos antes do apito final.
Mas se por um lado a vitória deu alívio e até ânimo pro flamengo, o cruzeiro deve se atentar um pouco mais para essa reta final, uma equipe que se notabilizou pelo jogo coletivo, que perdeu 2 jogadores (sim, os principais) e por muitas vezes se mostrou uma equipe perdida dentro de campo. Muitos erros de passes, muitas jogadas que não condizem com o time que é, de longe, o mais organizado do Brasil. Além do fato de com erros individuais do Marcelo Moreno, o cruzeiro jogou fora uma oportunidade de virar um jogo e aumentar manter sua larga distância em relação aos outros "candidatos ao título". Continuo vendo o time do cruzeiro como campeão brasileiro, não acredito que uma crise chegue na toca da raposa, as vitórias parem de acontecer e o time perca o gás na reta final, este time não aparenta que vá dar um mole desse tamanho. Quanto ao Egídio, a grande pedra no seu sapato talvez seja a camisa, a torcida, o maracanã enfim, qualquer coisa relacionada ao Flamengo, que justifique a queda de rendimento do seu futebol, mas isso já não é mais problema nosso.
A estreia do Anderson Pico, que tem tudo pra disputar uma vaga com o inconstante João Paulo, foi uma boa novidade pra lateral esquerda do Flamengo. Alecsandro pareceu estar menos preocupado com reclamar, se jogar, querer apitar os jogos e procurou jogar futebol, que é o que ele sabe fazer, dentro de suas limitações. A zaga do flamengo continua sendo um setor que passa um pouco de segurança, principalmente pelo fato de um zagueiro titular sair contundido no primeiro tempo e o seu reserva entrar e não comprometer, isso é um ponto muito positivo tanto no jogo de hoje, quanto para campeonatos de longa duração, como o Brasileirão. Luxemburgo foi preciso nas alterações, tirando Eduardo da Silva com a técnica que a torcida flamenguista está se acostumando a ver e colocando Gabriel, julgando que o flamengo poderia crescer muito mais explorando a má atuação do Egídio, experiência que ao final do jogo vimos que deu certo; além de colocar Muralha pra jogar, jogador que foi titular com Luxemburgo na libertadores de 2012, que fez boas partidas, apesar da eliminação precoce e medíocre e que tornou a acontecer esse ano, só que dessa vez, as boas atuações não vieram, os lançamentos de trivela pararam de sair certos, fazendo com que ele perdesse a confiança dele mesmo, dos treinadores, da torcida e o colocando no fim da fila novamente, tendo que começar tudo do zero e nada melhor pra recomeçar esse caminho que entrando em um jogo ganho pra adquirir confiança e poder ser útil em tempos futuros. E parabéns ao Canteros, um jogador que chegou como desconhecido, vem conquistando seu espaço no time e com a torcida que dessa vez foi premiado com um gol, não foi de falta ainda, mas é sempre bom jogar bem na sua posição e fazer bem feito quando vai ao ataque.
Se o Cruzeiro fez a sua pior partida nesse brasileirão eu não sei dizer, mas posso dizer que o Flamengo nada tinha a ver com isso. Venceu e venceu bem, dando tranquilidade e confiança na preparação pros últimos 90 minutos diante do América de Natal, que já deixou claro que não tem medo de jogar no maracanã. Cenas dos próximos capítulos.
Foi pra cima deles Mengo !
Espalha pra Geral

sábado, 4 de outubro de 2014

Parabéns Capitão !


Hoje é um dia histórico pra (mais) um ídolo Rubro-Negro: nosso capitão Leonardo Moura, 500 jogos pelo Mengão!
Poucos jogadores tem tamanha identificação com um clube, com uma torcida como ele, ainda mais nos dias de hoje, onde o amor por um time vai de acordo com o quanto é depositado na sua conta no fim do mês. Mas mesmo assim, se manteve fiel, jogando, dando o máximo que podia pelo Mais Querido do Brasil e aos poucos foi conquistando seu espaço, primeiro como titular, depois como peça fundamental, alguns momentos como grande craque do time e hoje, sem dúvida nenhuma, como Ídolo.

E Leo Moura pode dizer que passou por quase tudo pelo flamengo. Já foi vaiado no maracanã, já foi alvo de perseguição por parte da torcida, mas em compensação já teve seu nome gritado por inúmeras vezes e até 'Parabéns pra você' cantado depois de fazer um gol em pleno Flamengo x Botafogo, poucos tiveram homenagem assim (não me lembro de nenhum agora).
Pelo Flamengo, conquistou o primeiro título da carreira (Copa do Brasil de 2006), um monte de campeonatos estaduais, um campeonato brasileiro e uma segunda copa do Brasil em 2013. Mas nem só de glórias foram vividos por ele no flamengo, se em alguns momentos ele tinha companheiros como Adriano, Petkovic, Ronaldinho, em outros as coisas não foram tão fáceis assim, como os momentos turbulentos de zona de rebaixamento, os protestos da torcida com direito a explosão de bombas dentro do campo de treinamento, além de ter como companheiros algumas raridades como Irineu, Claiton, Bruno Mezenga, Marcelinho Paraíba (entre outros). E foi preciso de um momento desses, de falta de bons companheiros que ele começou a sua caminhada rumo à idolatria para a torcida, quando simplesmente o flamengo só jogava em jogadas pelas laterais, seja com Leo ou com o Juan, pela esquerda, dupla que ainda é lembrada com saudade pelos torcedores, num tempo em que dois jogadores, dois laterais, carregavam o time nas costas, tamanha eficiência dentro de campo rendeu convocação na seleção brasileira e título de melhor lateral por alguns campeonatos brasileiros. E depois da aposentadoria de Fabio Luciano, não existem dúvidas de que ninguém usa a faixa de capitão do flamengo com tanta propriedade quanto Leonardo Moura.

Algumas fases difíceis vieram, como muitos momentos que os altetas passaram com atrasos de salário, dias que o clube foi manchete por outros motivos sem ser o futebol (noitadas do Imperador, Caso Eliza Samúdio, Luiz Antonio e os milicianos) e, claro, a perda do posto de capitão para Ronaldinho Gaúcho, que não se tornou nem um décimo do que o Leo Moura representa pro flamengo e ainda saiu de forma, no mínimo estranha, do clube.

O tempo passou, as arrancadas fulminantes já não existem mais, o moicano já conta alguns fios brancos, mas a admiração e gratidão por parte da torcida serão eternas.

Parabéns e Obrigado, Leonardo da Silva Moura!
#LeoMoura500


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Só restou a estrela solitária

Até onde vai a crise no Botafogo?


No ano passado, começou de cara vencendo o campeonato carioca, o que já sabemos que deixa qualquer botafoguense extremamente entusiasmado e confiante para o que ano que se segue após a conquista, especialmente da forma que foi conquistado o título, jogando muito bem e levando os dois turnos.
Mas a história que os botafoguenses estavam acostumados - começar um brasileiro embalado, perder o fôlego ainda no começo e brigar por uma posição honesta na tabela - em 2013 não aconteceu. O time jogou bem, a torcida se empolgou com o bom futebol apresentado, o botafogo era sim um forte candidato ao título brasileiro, com Seedorf atuando como verdadeiro maestro no meio de campo, aparecendo em verdadeiras atuações de gala em algumas partidas contra adversários diretos, com um time competitivo e entrosado e com um surgimento de um novo xodó (Esse que tinha tudo pra se firmar e não ser um "novo Caio"), Vitinho, que além de dribles e arrancadas, tinha uma excelente finalização, que enchia os botafoguenses com a promessa que estava, aos poucos se tornando realidade.

Porém com a venda de Vitinho e de alguns outros jogadores, como Fellype Gabriel, que depois de muito contestado se firmou no alvinegro, o time perdeu o fôlego, foi eliminado para o Flamengo tomando uma goleada de 4x0 em pleno maracanã e nesse momento também perdeu a chance de disputar o título com o cruzeiro (Depois de uma derrota para o time mineiro, com direito a pênalti perdido pelo camisa 10 holandês. Que mesmo se num perdesse acho que não chegaria, mas..) mas mesmo assim conseguiu se classificar para a primeira fase da libertadores (ou "pré-libertadores"),  o ano de 2014 prometia (e tá cumprindo a promessa, de uma forma um pouco diferente).

O ano de 2014 chegou, o botafogo simplesmente esqueceu que disputava o campeonato carioca, dando total atenção à busca pelo título da libertadores e o sonho começou da melhor forma possível, com o time dando show no maracanã lotado (sim, lotado.. mais de 50 mil pessoas), vencendo por 4x0 o Deportivo Quito. Mas de repente a situação começou a mudar, o começo da fase de grupos foi muito bom, com a primeira colocação do grupo e de repente, as derrotas vieram e com elas uma desclassificação na primeira fase, não bastasse isso, fez a sua pior campanha na história do campeonato carioca e o brasileiro ainda estava por vir.
Com o começo do campeonato nacional, as derrotas começaram a se acumular, Emerson Sheik vinha sendo o principal jogador do time no ataque, enquanto na defesa, conta com Jefferson, que está sempre salvando o time, convocado para a copa do mundo (Sendo reserva do Julio Cesar, goleiro de confiança do técnico Felipão, SÓ do técnico Felipão) e acostumado a ser o único jogador a ser aplaudido em meio a tantas vaias que o time sofria, por conta de suas frequentes defesas milagrosas e declarações e amor ao time, mesmo com os problemas vividos.
Não bastassem as derrotas do time fraco que ficou nas mãos do Vagner Mancini, uma crise se instalou, os salários atrasados se acumulando, o time cada vez mais insatisfeito com a situação, mas mesmo assim os jogadores seguiram jogando (pela torcida, pela honra, não sei) onde a cada vitória adotava-se um discurso de "Mesmo com todos os problemas, contra tudo e contra todos conseguimos a vitória"e após cada derrota, os problemas voltavam à tona.
E um novo episódio se iniciou nesta sexta-feira (3 de outubro), o presidente do botafogo, simplesmente tomou uma decisão sozinho e demitiu 4 jogadores (Emerson Sheik, Edilson, Bolívar e Julio Cesar), todos com experiência no time titular (Emerson e Bolívar, titulares absolutos, praticamente) e possíveis líderes dentro do elenco.

Agora o botafogo tem quase um turno pela frente com muitos jogos difíceis por vir, sem 4 jogadores importantes, com salários atrasados, com a conhecida desconfiança da torcida (que já é famosa por não comparecer aos estádios) e principalmente, com o sério risco de rebaixamento, o que tornaria 2014, um ano (se não "O ano") pra se esquecer no, até então, glorioso. Mas só uma palavra, um lema, uma filosofia se encaixa pro botafogo no momento: Vitória, formando um  trocadilho sensacional com o próximo adversário.
E aí, será que cai? Será que fica? O que acontecerá com os que se foram? e com os que ficaram? Será que a torcida vai apoiar o time ?
Cenas dos próximos capítulos....

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Lá se foram 90 minutos...


... E ainda faltam 90!
O adversário tava longe de ser dos mais fortes, mas é muito traiçoeiro, tricolores sabem muito melhor que eu (até então) e tenho certeza que não vai vender a classificação tão facilmente.
No primeiro tempo, o flamengo só jogando pela direita levou mais perigo que o América mas essa pressão não foi o suficiente pra tirar o zero do placar.
E com segundos do segundo tempo, ele saiu com o Gabriel, depois de uma boa jogada de pressão na saída de bola do Everton. Mas aí caíram no velho e frequente erro que o flamengo vem repetindo incansavelmente: fazer o gol e recuar o time todo, como se 1x0 fosse sinônimo de vitória (no caso foi, mas isso é detalhe). Mas apesar dos pesares, a vitória veio e alguns detalhes devem ser destacados nesse jogo:
-A defesa passando segurança pro Paulo Victor, evitando grandes sustos a todo tempo
-Fernando Henrique continua espalmando todas as bolas (algumas pra frente da área, como manda o figurino), como nos tempos de fluminense
-Acho que pela primeira vez vejo o Luiz Antônio entrar na lateral direita e não comprometer. Ainda erra coisa boba, ainda finaliza mal, ainda constrói ótimas jogadas com péssimos desfechos.... Mas não comprometeu
-Márcio Araújo com toda a limitação técnica continua, pra mim, sendo uma grata surpresa nesse time, pela a entrega e bom posicionamento em campo, sempre dando um pique monstruoso numa boa jogada, na maioria das vezes defendendo, ainda tá devendo no ataque, mas ninguém é perfeito
-Canteros continua simples e preciso, dando alguns de seus bolões mesmo atuando mais avançado, como da metade pro fim do segundo tempo
-As jogadas pelas pontas voltaram a acontecer, com o Gabriel fazendo algo parecido com o que o Paulinho fez em 2013, apoiando bem, voltando pra recompor o meio e ajudando os laterais na marcação
-Everton não teve mais uma de suas atuações de gala, mas carregar um time nas costas cansa e quando o time resolve jogar, dá pra entender que ele tire o pé um pouco.
Acho que é isso, sábado tem jogo importante pra se afastar da famosa confusão e contra o América resta o segundo tempo desse jogo de 180 minutos.
Espalha pra geral!
#FOIPRACIMADELESMENGO