sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A copa também deixou legado pra eles!

Depois do fracasso vivido durante a copa do mundo, com  uma derrota humilhante diante da Alemanha e a "conquista" da quarta colocação no mundial, após mais uma derrota (desta vez, pra Holanda), a Confederação Brasileira de Futebol percebeu que não estava tudo tão certo  como imaginávamos com a nossa seleção e que havia uma extrema necessidade de mudança (como já foi citado aqui anteriormente) e essa mudança seria apenas no material humano que estaria à disposição do treinador, como também nas seleções de base e nos clubes formadores de talentos .
O Brasil, único pentacampeão mundial, país de onde nasceu Pelé, o maior nome da história do futebol, nunca precisou investir tanto para que novos nomes surgissem, já que o talento com a bola era tido como algo natural e que toda habilidade, ginga, malandragem eram suficientes para vencer qualquer adversário. Algumas seleções de grande tradição no futebol como Itália, Inglaterra e a própria Alemanha (até então), nunca apresentaram um futebol sequer parecido com o nosso, no que diz respeito ao espetáculo,  jogando aquele jogo robotizado, com jogadas muito mais mecânicas, sem o improviso ao qual estávamos acostumados e por mais que essas seleções não enchessem os nossos olhos, nunca deixaram de ser competentes. Se hoje a seleção brasileira necessita urgentemente de uma  reformulação, grande parte dessa necessidade parte de uma soberba criada ao longo do tempo, a teoria do "Com o brasileiro não há quem possa", uma teoria em que nós a todo tempo ensinamos ao mundo como se jogava , sem que o mundo pudesse nos acrescentar em nada.Se o  mundo todo tem a ensinar futebol ao Brasil ninguém sabe dizer, mas que Alemanha e Holanda  deram lições grandiosas, disso não há dúvidas.
Agora resta ao Brasil correr atrás do tempo perdido, preparar  o futuro da seleção , pra que não sejam vividos mais massacres como viveu dentro da própria casa, em que até o adversário fica com pena.
E esse caminho parece estar começando a ser desenhado para gerações futuras, vem uma safra de jogadores muito boa por aí, se pegarmos os últimos anos do futebol brasileiro, poucos são os exemplos de jogadores que saíram do Brasil diretamente para clubes de ponta europeus (Neymar, Lucas e Oscar, únicos que lembrei rapidamente).  Além das promessas  que estão esquecidas lá fora, como Lucas Piazon, Adryan, temos outros exemplos ganhando destaque como Anderson Talisca que continua no Benfica -POR jogando bem como estava jogando pelo Bahia no começo do brasileirão, Marquinhos, por vezes titular no PSG, que conta com uma das melhores duplas de zaguieiros do mundo, a zaga titular da seleção braileira na última copa e Rafinha que foi eleito pelo Celta de Vigo, a revelação do campeonato espanhol da temporada passada e na sua volta de empréstimo pro Barcelona  vem sendo usado com certa frequência pelo técnico Luis Henrique num elenco que conta com estrelas do futebol e jogadores mais jovens tem que lutar muito para conquistar um espaço. No Brasil, alguns jovens talentos vêm figurando como titulares em suas equipes e despertando interesses de grandes clubes lá de fora, como está acontecendo com  Douglas Coutinho do Atlético-PR, Lucas Silva do Cruzeiro e recentemente aconteceu com Dória ex-Botafogo, já negociado com o futebol francês.
Talvez se o Brasil não tivesse tomado o baile que tomou em dois jogos consecutivos na copa, nenhuma lição teria sido tirada e a seleção continuaria na mesma situação, na esperança que Neymar  ganhasse os títulos para a alegria do povo, mas não estamos mais nos tempos que um jogador só ganha um campeonato inteiro. É preciso mais que um time titular forte para vencer a próxima copa, é preciso um time capaz de se modificar de acordo com cada situação de jogo, é preciso peças de reposição para substituir os titulares com a devida competência ou que até crie no treinador a dúvida em relação a quem vai colocar pra jogar. Até lá existe um longo caminho a ser trilhado, com calma com os talentos que irão surgir, competência para administrar e, principalmente, vontade de vencer e dar orgulho a um povo que respira futebol e vê o esporte quase que como uma religião.

#PrafrenteBrasil 

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